Na última noite do Festival Municipal de Quadrilhas Juninas, realizado na sexta-feira, 20 de outubro, no estacionamento do Mercado das Artes 31, em Jaraguá, a emoção e a cultura nordestina se entrelaçaram em um grandioso encerramento. A festa atraiu cerca de 4 mil espectadores por noite, com a participação de mais de 100 talentosos artistas em cena, transformando Jaraguá em um vibrante arraiá que celebrou a rica herança popular da região.
As apresentações da noite foram uma verdadeira ode à fé, ao amor, à ancestralidade e à imaginação. O espetáculo “Da corte portuguesa ao recriado, quadrilha junina e o nosso legado”, apresentado pelo grupo Vixe Menina, deu início às festividades, traçando uma linha do tempo que destacou a evolução das festas juninas ao longo dos anos. Em seguida, a Tradição Junina encantou o público com a lenda de Aysú, extraída da mitologia indígena, em uma narrativa que entrelaçou amor e espiritualidade com maestria.
A apresentação da Flor de Mandacaru foi um espetáculo à parte, com uma releitura junina de “Alice no País das Maravilhas” que cativou a todos. A Dona Dadá, por sua vez, trouxe uma interpretação tocante com “Um sonho de São João – A magia da feira do sertão”, enquanto a Estrela do Mac apresentou o enigmático romance de Poranguá, um homem que emerge das águas e fascina as moças durante as festividades juninas. Para completar esta emocionante sequência, a Luar do Campo fez o público rir e sonhar com a história de amor entre Santinha e Tião no espetáculo “Boiadeiro”. O festival foi encerrado em grande estilo pela A Fazendinha, que emocionou a todos com “A Promessa”, uma linda homenagem de fé e esperança na luta contra o câncer, sempre com a proteção de Santa Rita de Cássia.
Myriel Neto, presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), destacou a relevância do festival, que se consolida como um marco nas festividades juninas da capital. Ele enfatizou que, a cada edição, o compromisso de fortalecer e valorizar a cultura local é reafirmado, transformando o evento em um espaço de resistência e identidade. “Nosso objetivo é investir na estrutura e na segurança, pois acreditamos na força dos artistas e na importância da cultura popular”, afirmou.
Com um público diversificado, que incluía famílias e apaixonados pela cultura, o festival não apenas se firmou no calendário junino, mas também reiterou o papel essencial das quadrilhas na preservação das nossas tradições. A FMAC já está de olho na próxima edição, mirando um futuro ainda mais grandioso. “Nossa meta é seguir com esse trabalho sensível e respeitoso, sempre visando levar a beleza do São João que emana do coração do nosso povo”, concluiu Myriel.