A exposição “Memórias Soterradas”, fruto do segundo ciclo de ações do projeto Cidade de Afetos, está disponível para visitação até o dia 15 de março, no Complexo Cultural do Teatro Deodoro, localizado no Centro de Maceió. A proposta da exposição é conduzir os visitantes por uma viagem imersiva nas narrativas e expressões artísticas das comunidades impactadas pelo devastador colapso decorrente da mineração da empresa Braskem, considerado o maior desastre socioambiental em andamento em zona urbana no mundo.
Desde a sua concepção, o projeto Cidade de Afetos vem se dedicando à educação patrimonial e ao estímulo à criação artística colaborativa, envolvendo tanto os residentes quanto os ex-moradores dos cinco bairros diretamente afetados: Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Farol. Mais recentemente, a iniciativa ampliou seu escopo para abranger as comunidades situadas nas bordas do território afetado, como os Flexais, Levada e Vergel do Lago.
O intuito da exposição vai além de simplesmente documentar as memórias dessas comunidades. Ao ressignificar as dores e perdas sofridas através de expressões culturais, a mostra busca utilizar a arte e a reinterpretarão das vivências como veículos de preservação e valorização da identidade cultural dessas localidades afetadas.
Essa iniciativa só foi possível graças ao apoio da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, que foi operacionalizada pelo Governo de Alagoas por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult). A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, Mellina Freitas, destacou a importância desse incentivo governamental para a existência de projetos como esse, ressaltando que a arte desempenha um papel fundamental como ferramenta de resistência e transformação, conferindo voz e visibilidade às histórias das comunidades afetadas.
A exposição “Memórias Soterradas” pode ser visitada gratuitamente na Galeria do Complexo Cultural Teatro Deodoro, de segunda a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos e feriados, das 14h às 17h. É uma oportunidade única para conhecer de perto as histórias e expressões artísticas dessas comunidades tão impactadas pelo desastre socioambiental em curso.
Com informações e fotos da Secult/AL
