Uma narrativa potente e impactante, a peça “A Última Forca e a Resistência Negra” retorna aos palcos de Alagoas para reviver e homenagear a vida de Francisco, o último homem negro enforcado legalmente no Brasil, em 1876, na cidade de Pilar. Este espetáculo não é apenas uma dramatização; é um chamado à reflexão sobre a dor e as lutas que marcaram a trajetória da população afro-brasileira.
Baseada em uma pesquisa histórica rigorosa realizada pela historiadora Hilda Maria Couto Monte, a peça, dirigida por Alexandre Gomes, ilumina não apenas o processo judicial que levou Francisco ao seu trágico destino, mas também destaca a existência de uma rede de resistência negra. Essa rede era formada por malês, ou muçulmanos africanos escravizados, que atuaram no interior do estado de Alagoas, organizando-se para enfrentar a opressão.
A encenação, parte da programação da Semana de Arthur Ramos, conta com o apoio do Governo de Alagoas e da Prefeitura de Pilar. A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, enfatiza que “a cultura é um poderoso instrumento de reparação histórica”. Segundo ela, este espetáculo representa um ato de memória, justiça e uma valorização das vozes que lutaram pela liberdade e dignidade.
Com a estreia marcada para o dia 5 de julho, às 19h, no Cine Pilarense, a entrada será gratuita, permitindo que um vasto público tenha acesso a essa narrativa essencial. Em uma segunda apresentação, o espetáculo será exibido em Maceió, no Theatro Homerinho, no dia 8 de julho, às 19h30, com ingressos que variam a partir de R$ 30.
Visualmente, a peça promete impressionar com figurinos criados por Marcelo Castela e trilha sonora original de Gi Silva. A iluminação, projetada por Igor Vasconcelos, contribui para a intensidade emocional da obra. O elenco, que inclui nomes como Igor Vasconcelos, Gi Silva e Van Nascimento, promete uma performance cativante e profunda.
Vale ressaltar que a classificação indicativa da peça é de 14 anos, devido às temáticas delicadas que abordam a escravidão, o racismo e a violência histórica. Para mais detalhes sobre as apresentações e informações adicionais, o público pode entrar em contato pelo e-mail ou pelo Instagram da produção. Encorajamos todos a prestigiar essa importante obra teatral e refletir sobre as questões que ela levanta.
Com informações e fotos da Secult/AL