O Brasil se despediu de um dos grandes nomes do cinema nacional, Carlos José Fontes Diegues, mais conhecido como Cacá Diegues. Nascido em Maceió em 1940, ele foi um dos cineastas que integrou o movimento Cinema Novo nas décadas de 50 e 60. Este movimento trouxe para as telas obras icônicas da literatura brasileira, evidenciando a importância do cinema como expressão artística e cultural.
Além de sua carreira como cineasta, Cacá Diegues também se destacou no mundo acadêmico e literário. Desde 2019, ele ocupa a 7ª cadeira na Academia Brasileira de Letras, demonstrando seu reconhecimento dentro do cenário cultural do país. A Imprensa Oficial Graciliano Ramos teve a oportunidade de contar com trabalhos sobre o cineasta e com textos escritos por ele, evidenciando a relevância de sua produção artística.
Cacá Diegues trouxe aspectos de Alagoas para seus trabalhos, tornando o estado uma referência importante para sua imaginação e criação artística. Sua ligação com a terra natal se reflete em sua obra, como no filme “O Grande Circo Místico”, inspirado na poesia de Jorge de Lima, poeta alagoano que influenciou profundamente a obra de Cacá Diegues.
Durante a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em 2023, Cacá Diegues participou de debates e exposições que destacaram a importância da literatura alagoana em sua obra. Ao lado de outros intelectuais, como Antônio Torres e Marco Lucchesi, ele ressaltou a relevância da poesia de Jorge de Lima e seus atravessamentos na literatura brasileira.
A influência de Jorge de Lima e de outros autores alagoanos foi fundamental para a trajetória artística de Cacá Diegues, que sempre buscou valorizar e destacar as raízes culturais de Alagoas em seus trabalhos. Sua participação na Bienal e sua atuação na Academia Brasileira de Letras ressaltam a importância de seu legado para a cultura do país.
Com informações e fotos da Secult/AL