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VOP é substituída por VIP: marco na erradicação da pólio no Brasil

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A erradicação da poliomielite é um marco na história da saúde pública mundial, e no Brasil, a tradicional gotinha usada como vacina será substituída pela vacina injetável, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A previsão é que a aposentadoria da vacina oral poliomielite (VOP) aconteça até 4 de novembro, com a substituição pela vacina inativada poliomielite (VIP), aplicada no formato injetável.

A representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, alertou para os riscos de continuidade do uso da VOP em condições sanitárias precárias, que podem levar a casos de pólio derivados da vacina. A substituição é considerada necessária pelas autoridades de saúde, uma vez que a vacinação em larga escala com a VOP pode gerar mais casos do que a própria doença, o que evidencia a importância da transição para a vacina injetável.

A mudança no esquema vacinal contra a poliomielite no Brasil recebeu aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e segue as diretrizes da OMS. A vacina oral será utilizada apenas para controle de surtos, como é o caso da Faixa de Gaza, que notificou casos de paralisia flácida. A pandemia de Covid-19 também impactou a vacinação de rotina, levando à perda de doses e comprometendo a imunização de milhões de crianças em todo o mundo.

O Ministério da Saúde anunciou a exclusividade da vacina injetável no reforço aplicado aos 15 meses de idade, além de manter a aplicação da dose aos 2, 4 e 6 meses de vida. A dose de reforço aos 4 anos não será mais necessária, garantindo proteção contra a pólio com o esquema vacinal de quatro doses. Desde 1989, o Brasil não registra casos de poliomielite, mas as baixas coberturas vacinais são um desafio para manter a imunidade da população.

Diante desse contexto, a transição da gotinha para a vacina injetável se mostra como mais um avanço na luta contra a poliomielite, reforçando a importância da vacinação e da vigilância epidemiológica para manter o Brasil livre dessa doença que tanto impactou a saúde pública no passado. A atualização do calendário vacinal é mais um passo na garantia da proteção e bem-estar da população, fortalecendo o sistema de imunização do país.

Com informações da EBC
Fotos: © Arquivo/Agência Brasil / EBC

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