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Lucro do sistema bancário alcança R$ 145 bi em 2023, alta de 5%

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O lucro líquido dos bancos alcançou R$ 145 bilhões no ano passado, refletindo um crescimento de 5% em relação a 2022. No entanto, a rentabilidade do sistema bancário, medida pelo Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE), apresentou uma queda de 0,6 ponto percentual, encerrando o ano de 2023 em 14,1%. Embora a lucratividade demonstre a capacidade de uma instituição financeira gerar lucros com base em seu faturamento, a rentabilidade se concentra na capacidade desses mesmos lucros em relação ao patrimônio e investimentos realizados.

Segundo o Relatório de Economia Bancária divulgado pelo Banco Central (BC), a rentabilidade do sistema bancário no Brasil – mesmo com a ligeira redução observada em 2023 – está entre as mais altas do mundo, ainda que abaixo de países como México e Índia, e equiparada à Indonésia. A queda na rentabilidade foi atribuída principalmente ao aumento de ativos problemáticos, que demandaram um aumento nas provisões feitas pelos bancos para cobrir possíveis calotes em operações de crédito.

Um dos destaques negativos do ano foi a recuperação judicial das Lojas Americanas, com uma dívida declarada de R$ 49,5 bilhões após fraudes contábeis e prejuízos acumulados de R$ 19,1 bilhões nos anos anteriores. O aumento das despesas com provisões em 2022 e 2023 resultou em uma estabilização desses valores após o segundo trimestre de 2023, refletindo, em parte, a manutenção da qualidade das concessões e a redução das estimativas de perdas nas carteiras de investimentos das instituições financeiras.

Além disso, a competição no Sistema Financeiro Nacional (SFN) continuou a crescer, resultando na redução da concentração bancária e aumento do grau de competitividade no mercado de crédito. Os quatro maiores bancos do país – Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú – tiveram sua participação de mercado reduzida de 87,8% para 87,6% nos ativos totais e de 91,2% para 90,7% nos depósitos totais de 2022 para 2023.

Diante desse cenário, as cooperativas de crédito e as instituições não bancárias ganharam destaque, ampliando sua participação nos mercados de crédito de forma significativa. As cooperativas, em particular, demonstraram crescimento em sua atuação nos mercados de cheque especial e capital de giro, conferindo maior diversificação ao setor financeiro nacional. Nesse contexto, a concorrência saudável no mercado tem levado não apenas a uma redução da concentração, mas também a um maior dinamismo e inovação, proporcionando benefícios aos consumidores e à economia como um todo.

Com informações da EBC
Fotos: © José Cruz/Agência Brasil / EBC

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