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Novas portarias do Mapa fortalecem cultivo de batata no Brasil com zoneamento agrícola unificado

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou recentemente a implementação de duas novas portarias relacionadas ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para o cultivo da batata no Brasil. Essas diretrizes, fundamentadas em estudos da Embrapa, visam identificar as áreas mais adequadas para o cultivo do tubérculo, tendo em mente tanto o mercado de consumo fresco quanto a indústria, responsável pela transformação da matéria-prima.

Um aspecto inovador dessas portarias é a padronização das orientações em nível nacional, rompendo com a abordagem anterior que se baseava nas especificidades de cada estado. Agora, os dados são apresentados por município, facilitando a consulta e a utilização das informações por todos os interessados em potencializar a produção de batatas. Essa nova metodologia também busca identificar áreas com potencial produtivo inexplorado, como algumas regiões de altitude elevada na Bahia, que, apesar de não serem tradicionalmente associadas ao cultivo da batata, mostram-se promissoras em termos climáticos.

Os documentos também abordam os riscos climáticos que impactam a produtividade da batata, como temperaturas extremas e padrões de precipitação inadequados. O conhecimento dos ciclos de cada tipo de batata é fundamental; enquanto a batata de mesa tem um ciclo que pode ser interrompido após 90 dias para atender aos padrões de aparência do mercado, a destinação à indústria requer ciclos mais longos, de 120 a 130 dias, focando em características como textura e teor de açúcar.

Adicionalmente, o Zarc não individualiza as cultivares, mas analisa as realidades do sistema produtivo em várias regiões, uma vez que o manejo agrícola acaba neutralizando as diferenças entre as variedades cultivadas. Para otimizar essa análise, os pesquisadores consideram fatores como a qualidade do solo, altitude e estimativas de produtividade, permitindo uma avaliação abrangente dos riscos.

A nova abordagem é uma evolução significativa em relação aos antigos estudos agroclimáticos, que não levavam em conta as particularidades de cada região sob uma visão mais ampla. A implementação do Zarc mostra-se como uma ferramenta vital para orientar os produtores na escolha do melhor período para o plantio, minimizando os riscos associados.

Em conjunto, essa iniciativa é o resultado de um esforço colaborativo entre diferentes equipes da Embrapa, incluindo a Embrapa Clima Temperado e a Embrapa Agricultura Digital, além da cooperação com a Associação Brasileira da Batata (ABBA), que atuou na articulação com o setor produtivo. Com a unificação das diretrizes e a consideração das especificidades locais, espera-se um impacto positivo na produção de batatas no Brasil, possibilitando um melhor posicionamento no mercado nacional e internacional.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Paulo Lanzetta / Embrapa

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