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Kawatta e Majorca: Novas Laranjas Brasileiras Superam Qualidade de Suco das Precoces Tradicionais

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Kawatta e Majorca emergem como promissoras alternativas às variedades de laranjeira-doce mais cultivadas no Brasil, como Hamlin e Valência Americana, especialmente quando se considera a qualidade do suco. Estudos realizados em diferentes regiões do estado de São Paulo demonstram que essas novas cultivares apresentam uma produtividade média superior a 30 toneladas por hectare, mesmo em condições de secas, revelando um potencial significativo sem a necessidade de irrigação.

Desde sua introdução no Brasil, Kawatta e Majorca têm sido objeto de intensivas pesquisas que remontam à década de 1990. Tais variedades foram originadas do Suriname e da Flórida, respectivamente, e a disponibilidade dessas cultivares no mercado está prevista para o segundo semestre de 2025. O desenvolvimento dessas variedades é resultado de uma colaboração entre diversas instituições, incluindo Embrapa, CCSM/IAC, FCC e Fundecitrus, com novas cultivares em desenvolvimento para os próximos anos.

As novas variedades estarão em destaque durante a 50ª Expocitros, evento de grande relevância no setor citrícola mundial, onde serão lançadas em um momento estratégico. A pesquisa envolveu a seleção e avaliação dessas cultivares com um foco claro na qualidade do suco, que inclui condições de sabor e coloração, atendendo assim à demanda crescente por variedades que sejam, ao mesmo tempo, produtivas e sustentáveis.

Avaliações realizadas indicam que Kawatta e Majorca se destacam entre as variedades de maturação precoce, apresentando frutos com coloração vibrante e excelentes relações entre sólidos solúveis e acidez, fatores essenciais para a apreciação do sabor do suco. Em comparação, as variedades atuais, como a Hamlin, embora produtivas, não atingem o mesmo patamar em termos de qualidade sensorial. A pesquisa sugere que, com ciclos de colheita mais curtos, essas novas laranjeiras oferecem vantagens adicionais, como menores riscos relacionados à exposição à seca, o que é crucial em tempos de mudanças climáticas.

Além disso, Kawatta e Majorca, desde sua introdução e avaliação em campo, demonstraram compatibilidade com os principais porta-enxertos utilizados no Brasil, ampliando suas possibilidades de plantio em diversas regiões. Essas novas cultivares não apenas representam um avanço em termos de diversificação e resiliência, mas também estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), comprometendo-se com a sustentabilidade e a segurança alimentar.

A Embrapa, em colaboração com outros parceiros, continua a buscar formas de enriquecer o portfólio de cultivares disponíveis, o que atendendo às expectativas do setor citrícola. Com o lançamento de novas variedades, o Brasil busca reforçar seu papel como líder global na produção e exportação de sucos cítricos, com foco em melhorias contínuas para a qualidade e sustentabilidade da produção.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Eduardo Girardi / Embrapa

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