Recentemente, a Embrapa Amazônia Oriental apresentou ao mercado duas novas cultivares de feijão-de-corda (caupi), do tipo feijão-de-metro, que vêm chamando a atenção pela sua qualidade e produtividade. As cultivares BRS Lauré e BRS Raíra destacam-se por suas cores diferenciadas, qualidade das vagens e bom porte para o cultivo em espaldeiras.
A BRS Lauré, com vagens de coloração roxo-avermelhada, e a BRS Raíra, com vagens verde-oliva, são recomendadas para plantio no estado do Pará e têm potencial para outras regiões com clima quente. Além disso, ambas apresentam uma arquitetura de planta ajustada ao cultivo em tutores (espaldeiras), o que facilita o manejo e a colheita.
Em testes de campo, a BRS Lauré alcançou uma média de produtividade de 11,6 toneladas de vagem fresca por hectare, enquanto a BRS Raíra obteve mais de 10 toneladas por hectare. Em comparação com as cultivares tradicionais atualmente utilizadas, que registraram menos de 9 toneladas por hectare, as novas cultivares se destacam pela sua alta produtividade.
Além disso, as culturas apresentaram boa tolerância ao estresse hídrico e às elevadas temperaturas, tornando-as adequadas para o cultivo em diferentes condições climáticas. O feijão-de-metro é cultivado durante todo o ano no estado do Pará, sendo necessário alguns ajustes no sistema de produção para garantir bons resultados.
As novas cultivares foram selecionadas após sucessivos ciclos de cultivo e seleção, considerando a produtividade, qualidade comercial das vagens e sanidade das plantas. Voltadas principalmente para a agricultura familiar do estado do Pará, as cultivares visam fortalecer a produção e o consumo do feijão-caupi nessa região.
Para os produtores, as novas cultivares representam uma opção de complementação de renda, pois possibilitam a colheita praticamente o ano todo. Já para os consumidores, esses produtos ampliam o cardápio com um alimento nutritivo e contribuem para combater a monotonia alimentar, caracterizada pela baixa diversificação de alimentos no dia a dia.
As vagens frescas das duas cultivares são ricas em nutrientes, como molibdênio e selênio, e também contêm fibras, lipídeos, proteínas e carboidratos. Com isso, as novas cultivares de feijão-de-corda apresentam benefícios tanto para os produtores quanto para os consumidores, promovendo uma agricultura mais sustentável e diversificada.
Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Ronaldo Rosa / Embrapa