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Desenvolvimento de nova técnica reduz custo de produção de fungo para inseticidas biológicos.

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A descoberta de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás e da Embrapa trouxe uma revolução no custo de produção de Beauveria bassiana, um fungo amplamente utilizado na fabricação de inseticidas biológicos. A inovação consiste no uso de proteínas vegetais provenientes de subprodutos industriais para gerar nitrogênio, essencial para a multiplicação do fungo. Além de proporcionar uma produção mais sustentável do bioinsumo, os cientistas têm grandes expectativas de que essa descoberta motive a produção e utilização de bioinseticidas, uma opção mais ambientalmente sustentável em comparação aos inseticidas químicos.

A tecnologia desenvolvida pela equipe de pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (SP) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) tem o potencial de simplificar e baratear significativamente a produção em larga escala de Beauveria bassiana. A fonte de nitrogênio substituída por proteínas vegetais foi, até então, um extrato de levedura caro, tornando a produção do fungo muito mais acessível. A recente descoberta envolvendo a fermentação líquida de Beauveria bassiana mostrou que é possível utilizar fontes de nitrogênio de origem vegetal na produção de blastosporos desse fungo, células essenciais para o combate a pragas agrícolas.

O estudo liderado por Valesca Lima, da UFG, também demonstrou que os blastosporos produzidos a partir das fontes de nitrogênio vegetal apresentaram resistência superior a condições de estresse e foram eficazes no combate às pragas. A farinha de semente de algodão se destacou como a melhor fonte de proteína, contribuindo para um equilíbrio nutricional ideal para o fungo. Além disso, a produção em massa desses fungos por meio de fontes vegetais de nitrogênio resultou em alta produtividade em um curto período de tempo, variando de dois a três dias.

Os resultados do estudo indicam que a farinha de semente de algodão não apenas aumentou a produção de blastosporos de B. bassiana, mas também melhorou a virulência contra as larvas das pragas. Esses blastosporos demonstraram maior tolerância ao calor e à radiação UV-B, fatores determinantes para a eficácia dos biopesticidas. A utilização de subprodutos agroindustriais como fonte de nitrogênio promove práticas mais sustentáveis, transformando resíduos em produtos valiosos e contribuindo para uma economia circular verde.

A equipe de pesquisadores envolvida no estudo ressalta a importância de uma abordagem integrada que combina genética e nutrição para cultivar blastosporos mais robustos e eficazes no controle de pragas. A descoberta tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento de novos biopesticidas, alinhando-se com os princípios de uma economia circular e verde. A versatilidade nutricional de Beauveria bassiana torna-a eficaz como biopesticida, facilitando sua colonização em diferentes ecossistemas e hospedeiros.

Por fim, a descoberta dos pesquisadores da UFG e da Embrapa representa um avanço significativo na produção de inseticidas biológicos e no mercado global de blastosporos. A utilização de proteínas vegetais como fonte de nitrogênio não apenas torna a produção mais econômica, mas também mais sustentável e eficiente. Essa estratégia inovadora tem o potencial de revolucionar a indústria de biopesticidas, oferecendo soluções eficazes e amigáveis ao meio ambiente.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Ana Clara V. Cangani / Embrapa

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