logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

BRS Capiaçu: Biomassa do Capim-elefante Surge como Alternativa Sustentável na Indústria de Energia

COMPARTILHE

A BRS Capiaçu, uma cultivar de capim-elefante desenvolvida pela Embrapa, tem se destacado por seu elevado potencial energético, especialmente quando comparada a fontes tradicionais de combustível, como o coque de petróleo. Com um porte que pode ultrapassar quatro metros e uma prodigiosa produção de biomassa de aproximadamente 50 toneladas de matéria seca por hectare anualmente, essa planta prova ser uma alternativa viável e sustentável no contexto da bioenergia.

Desde seu lançamento há dez anos, a BRS Capiaçu já era reconhecida pela sua riqueza nutricional e eficácia como forragem na pecuária leiteira. Contudo, novos estudos estão ampliando os horizontes de suas aplicações, visando não só o uso em silagem, mas também a produção de biogás, biometano e etanol de segunda geração. Em parceria com a Ciplan/SA, a Embrapa desenvolveu um protótipo teórico para explorar a viabilidade dessa cultivar na indústria cimenteira, com resultados promissores em termos técnicos e econômicos.

Esse movimento para integrar a BRS Capiaçu em processos relacionados à energia renovável reflete uma tendência crescente em busca de soluções sustentáveis e inovadoras. De acordo com especialistas da Embrapa, a planta se mostra adequada para a geração de energia limpa, aproveitando-se do aumento na demanda global por fontes renováveis. Esse avanço não apenas reforça o papel da BRS Capiaçu como uma alternativa para a pecuária, mas também a posiciona como um componente chave na transição para uma economia mais verde.

O projeto Biograss, que explora o uso de resíduos da produção animal em conjunto com culturas energéticas, é um exemplo de iniciativa que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa e impulsionar a economia circular. Estações experimentais têm avaliado o potencial de produção de biogás e biometano, com foco na codigestão de capim-elefante e resíduos suínos, ampliando as possibilidades de aproveitamento dessa cultivar.

Além da sua versatilidade na geração de energia, a BRS Capiaçu apresenta características agronômicas que a tornam atrativa: sua resistência ao tombamento e à geada, bem como sua habilidade de retomar o crescimento após períodos de seca, garantem um desempenho robusto nas variadas condições climáticas do Brasil.

A transformação da BRS Capiaçu de uma forrageira a uma opção para a produção de bioenergia reflete o potencial inexplorado das plantas tropicais. Com suporte técnico e investimento em pesquisa, essa cultivar se estabelece como uma solução eficaz diante dos desafios energéticos e ambientais atuais, não só no Brasil, mas também em outros países da América Latina, onde suas vantagens estão sendo reconhecidas e implementadas.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Rubens Neiva / Embrapa

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade