Em um significativo avanço para o setor de alimentos de origem vegetal, o Brasil alcançou uma nova conquista internacional na produção de suco de uva. No dia 20 de junho, durante a Assembleia Geral do 46° Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) aprovou a modificação da norma que estabelece um novo parâmetro mínimo de 14° Brix, o que se refere ao teor de açúcar, para o suco de uva da espécie Vitis labrusca, predominante na produção brasileira.
Essa decisão é um marco importante para a indústria, pois fortalece a competitividade do suco de uva nacional e amplia suas oportunidades no mercado internacional. Com a nova regulamentação, espera-se que o suco de uva brasileiro consiga se posicionar de maneira mais favorável frente a outros produtos similares de diferentes países.
Além disso, essa conquista se soma a uma aprovação anterior relevante ocorrida em 2024, quando uma emenda foi inserida no Codex Alimentarius. Essa emenda reconhece as particularidades do suco produzido a partir da variedade Vitis labrusca, permitindo uma diferenciação entre os sucos. A norma agora estabelece 16,0° Brix como parâmetro para sucos da espécie Vitis vinífera e suas híbridas, enquanto os sucos de Vitis labrusca e seus híbridos têm um limite definido de 14,0° Brix. Essa separação torna as normas internacionais mais compatíveis com a realidade do setor brasileiro.
De acordo com especialistas do setor, essa mudança é o resultado de mais de sete anos de trabalho técnico e diplomático da OIV. O processo envolveu um rigoroso exame das características específicas do suco de uva brasileiro, que agora são reconhecidas em âmbito global. Esse reconhecimento é um reflexo da qualidade dos produtos brasileiros e do compromisso da indústria em seguir normas técnicas e científicas.
Com essas novas regulamentações, o Brasil se posiciona de forma mais competitiva e assertiva no cenário internacional, o que deve resultar em um aumento nas exportações de suco de uva, beneficiando não apenas a indústria, mas também a economia nacional.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária