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Tilápia brasileira: oportunidades crescentes nos EUA e desafios no mercado europeu

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A análise do mercado de tilápia revela contrastes significativos entre a Europa e os Estados Unidos. Enquanto o consumo per capita de tilápia na Europa é irrisório, com uma média de 39 gramas por ano, nos Estados Unidos esse número salta para impressionantes 460 gramas. Essa disparidade apresenta uma oportunidade promissora para os produtores brasileiros, especialmente no que diz respeito à exportação de tilápia congelada, que se mostra mais viável em um mercado americano já consolidado, em oposição ao segmento de filés frescos.

Na Europa, a alta nos preços da tilápia importada da China, resultado do aumento nas despesas de ração e transporte, abre uma brecha para o crescimento do setor brasileiro. Além disso, as tendências de consumo, como o foco em produtos gourmet nos EUA e a preferência por alternativas frescas na Europa, devem ser consideradas por quem deseja aproveitar este nicho de mercado.

É importante ressaltar que o Brasil, atualmente o quarto maior produtor mundial de tilápia, ainda possui um vasto potencial de expansão, favorecido por fatores como a qualidade da água e a ampla disponibilidade de áreas para cultivo. Um estudo realizado pela Embrapa permite mapear o cenário atual e identificar as oportunidades, bem como os desafios enfrentados pelos produtores brasileiros.

Na comparação entre as duas regiões, a Europa apresenta um consumo relativamente segmentado, concentrado em grupos étnicos de diversas origens, enquanto nos Estados Unidos a tilápia se tornou um alimento de amplo apelo, especialmente desde os anos 1990, sendo agora uma das opções mais populares entre os peixes de carne branca.

Entretanto, a recente implementação de tarifas pelo governo americano afetou as exportações do Brasil, embora o impacto tenha sido menos severo do que se esperava. No primeiro mês de validade da medida, houve uma redução de 32% nas exportações em comparação com o mesmo período do ano anterior, mas essa queda foi considerada moderada por especialistas do setor.

As perspectivas para os produtores brasileiros são estimulantes, especialmente no que tange à exportação de tilápia congelada para os EUA, onde a demanda tende a ser maior. As empresas locais que já estavam investindo nesse segmento enfrentaram desafios devido às novas tarifas, mas ainda assim, há espaço para crescimento, especialmente se considerarmos a reputação do filé fresco brasileiro.

Em relação à Europa, é essencial para os exportadores brasileiros trabalharem em estratégias eficazes de marketing, visando não apenas os nichos étnicos, mas também o público em geral. Adicionalmente, a crescente valorização da tilápia brasileira em segmentos premium impulsiona novas possibilidades, por conta da qualidade superior do produto e da demanda por rastreabilidade e inovação nos cortes.

Portanto, tanto oportunidades quanto desafios persistem para os produtores de tilápia, sendo crucial implementar estratégias que destaquem a qualidade do produto e ampliem a presença nos mercados internacionais, tendo em vista que a competição aumentará com a elevação dos preços da tilápia chinesa e a diversificação das alternativas disponíveis no mercado.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Jefferson Christofoletti / Embrapa

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