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Pesquisa revela 60 novas espécies de psilídeos e destaca importância para conservação no Brasil

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Uma pesquisa recente realizada por pesquisadores da Embrapa em parceria com cientistas internacionais revelou a descoberta de 60 novas espécies de psilídeos no Brasil, abrangendo diversos biomas como a Amazônia, a Mata Atlântica e o Cerrado. O estudo, que foi publicado na revista Zootaxa, teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre essa família de insetos e ressaltar a importância de medidas de conservação.

Os psilídeos, também conhecidos como “piolhos-de-planta saltadores”, desempenham funções cruciais nos ecossistemas. Algumas espécies são utilizadas no controle biológico de plantas invasoras, enquanto outras podem servir como indicadores da qualidade ambiental ou até mesmo estar ameaçadas de extinção. Com a adição dessas novas espécies, o Brasil se destaca como um dos principais centros de diversidade desse grupo na América do Sul.

O estudo, que durou mais de uma década, analisou amostras coletadas em aproximadamente 50 parques nacionais, estaduais e municipais em 15 estados brasileiros. Os pesquisadores utilizaram técnicas avançadas de identificação, como sequenciamento genético e análise detalhada da morfologia dos insetos. A equipe identificou uma nova espécie de Klyveria e 59 novas espécies de Melanastera por meio do sequenciamento de DNA, demonstrando que a biodiversidade desses insetos é maior do que se imaginava.

Os psilídeos pertencem à superfamília Psylloidea (Hemiptera) e se dividem em sete famílias, com mais de 4000 espécies descritas em todo o mundo. Esses insetos, muitas vezes confundidos com pulgões, se distinguem por suas patas posteriores fortes adaptadas para saltar, antenas com 10 segmentos e maior esclerotização do exoesqueleto. Algumas espécies, como o psilídeo da erva-mate, são consideradas pragas nativas, enquanto outras, introduzidas acidentalmente, representam ameaças às plantas no Brasil.

A descoberta dessas novas espécies ressalta o potencial inexplorado da biodiversidade brasileira e destaca a urgência de investimentos em pesquisa e conservação. Cada nova espécie encontrada é fundamental para a compreensão dos ecossistemas e a proteção do nosso patrimônio natural. Além disso, a pesquisa alerta para a crescente ameaça aos biomas brasileiros devido ao desmatamento, enfatizando a importância de mapear e conservar essa diversidade.

O estudo também resultou na criação de três coleções científicas de psilídeos no Brasil, que serão fundamentais para futuras pesquisas e a preservação do material biológico. Com a descrição de 60 novas espécies, os cientistas destacam que ainda há centenas de espécies de psilídeos a serem descobertas no país. A continuidade dos estudos será essencial para a preservação da fauna e o aprofundamento do conhecimento sobre esses insetos tão pequenos, mas com grande impacto nos ecossistemas.

Com informações da Embrapa
Fotos: Melanastera olgae na planta Guatteria punctata (Annonaceae), em Sinop, MT. / Embrapa

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