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Estudo inédito aponta preço do carbono na citricultura brasileira em U$ 7,72 por tonelada

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Estimativa inédita na precificação do carbono na citricultura brasileira

Uma estimativa inédita na precificação do carbono na citricultura brasileira foi divulgada recentemente e pode servir de referência não apenas para o mercado voluntário de carbono, mas também para iniciativas de pagamento por serviços ambientais e outras ações relacionadas à sustentabilidade. O valor do carbono indica quanto se deve pagar pelos gases de efeito estufa que deixam de ser emitidos pela atividade, levando em consideração os custos econômicos, sociais e ambientais envolvidos.

O estudo, realizado pela equipe da Embrapa Territorial em parceria com diferentes entidades, considerou 297 municípios do cinturão citrícola brasileiro, localizados na Região Sudeste. Foi constatado que cada hectare de pomar de citros estoca cerca de duas toneladas de carbono por ano, o que resultou em uma estimativa do preço do carbono na citricultura brasileira de U$ 7,72 por tonelada de gás carbônico equivalente (tCO2e).

Essa é a primeira vez que se chega a um valor referente à produção de laranjas no país, o que pode ser de extrema relevância para o setor que se destaca entre as cadeias exportadoras do agronegócio nacional. A ausência de estudos científicos voltados para a precificação do carbono na agricultura, especialmente no setor citrícola, motivou a equipe a realizar essa análise de forma proativa, buscando estabelecer referências com base em metodologias internacionais.

O gás carbônico foi escolhido como unidade de referência devido à sua alta emissão na atmosfera desde a industrialização, tornando-se um indicador ambiental significativo. Ao estimar o preço do carbono em uma atividade econômica, cria-se um incentivo financeiro para investir em tecnologias e práticas mais sustentáveis, como a redução das emissões de outros gases de efeito estufa e agentes causadores de impacto ambiental.

Além disso, a precificação do carbono pode servir como referência para programas governamentais de redução de emissões e para a implementação de programas de pagamento por serviços ambientais no Brasil. O valor estimado para o setor citrícola brasileiro está em linha com os valores observados no mercado voluntário de carbono internacional, o que demonstra a relevância e a coerência da pesquisa realizada pela Embrapa Territorial.

Por meio de uma metodologia que combina diversos determinantes, como o custo social do carbono e o custo marginal de abatimento, a equipe conseguiu chegar a esse valor representativo para a produção de laranjas no Brasil. Além disso, o estudo também avaliou os estoques de carbono e a biodiversidade da fauna nas áreas citrícolas, destacando a importância dessa atividade para o meio ambiente e para a economia nacional.

Com o Brasil sendo o maior produtor mundial de laranja e com uma significativa participação no comércio internacional do suco da fruta, a precificação do carbono na citricultura se mostra como uma ferramenta fundamental para incentivar práticas mais sustentáveis e conscientes dentro desse setor tão relevante para a economia do país.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Carlos Ronquim / Embrapa

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