logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Embrapa e UFGD integraram ensino e produção sustentável para promover segurança alimentar entre povos indígenas

COMPARTILHE

Uma colaboração inovadora entre a Embrapa e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) levou à inclusão do Sistema Embrapa no currículo da Faculdade Intercultural Indígena (Faind). Este movimento visa integrar transferência de tecnologia à formação educacional, focando na segurança alimentar e na preservação dos saberes tradicionais. Como resultado, uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) foi estabelecida no campus da Faind, localizado em Dourados (MS), permitindo o aumento da produção de peixes e utilizando a água de forma eficaz para irrigar cultivos, promovendo um modelo sustentável e circular.

A proposta é que essa abordagem, além de ser aplicada na Faind, seja expandida para uma próxima URT em uma comunidade indígena de Rio Brilhante (MS). O sistema, que incorpora a piscicultura intensiva em pequenos tanques de fácil montagem, é orientado para a criação de hortaliças e frutas, gerando uma sinergia benéfica entre os diferentes componentes do cultivo.

Deste modo, o Sisteminha Embrapa/UFU/Fapemig representa uma ferramenta pedagógica vital nas disciplinas de Educação Ambiental, Agroecologia e Sustentabilidade, transformando-se em um espaço ativo de aprendizado e produção sustentável. A primeira colheita desta nova metodologia aconteceu na segunda quinzena de outubro, demonstrando resultados promissores.

Harley Nonato de Oliveira, chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste, enfatiza que essa inovação vai além do aumento da produtividade. Ele observa que, com a implementação do Sisteminha, os povos indígenas ganham autonomia e sustentabilidade, reforçando a importância de uma educação que respeite e integre a diversidade cultural.

Com uma abordagem centrada na formação de professores e líderes das comunidades indígenas, a Faind cumpre um papel essencial ao preparar profissionais que atuarão como agentes de transformação social. O curso de Licenciatura Intercultural Indígena, conhecido como “Teko Arandu” na língua guarani, encapsula essa missão de “viver com sabedoria”, integrando conhecimento teórico e práticas culturais no processo educacional.

Para facilitar essa implementação, as experiências práticas são intercaladas entre o tempo acadêmico e o tempo comunitário, permitindo que os alunos apliquem o que aprendem diretamente em suas comunidades. Adriano Serrano, mestrando da Faind, observa que o Sistema não apenas atende às necessidades alimentares, mas também permite que os estudantes pratiquem o que aprenderam, ajustando-se à realidade cultural e ao modo de vida indígena.

Os alunos ressaltam a importância desse modelo para resgatar práticas alimentares ancestrais e fortalecer laços com a terra. O pesquisador Laurindo André Rodrigues, parte integrante do projeto, destaca que o uso de um tanque de recirculação de água permite o cultivo integrado de peixes e hortaliças, reduzindo a dependência de insumos externos e promovendo a segurança alimentar de forma sustentável.

A colaboração entre a Embrapa, a UFGD e as comunidades indígenas é um exemplo claro de como educação, ciência e cultura podem se entrelaçar para promover autonomia e inclusão social. A expectativa é que essas inovações se expandam ainda mais, facilitando a produção sustentável de alimentos em outras comunidades, como a Aldeia Indígena Laranjeira Nhanderu, que já é parte de um projeto de desenvolvimento focado na segurança alimentar.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Christiane Congro / Embrapa

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade