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Dieta Energética em Novilhas Acelera Puberdade e Aumenta Produção de Embriões em 21%

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Um estudo recente sobre a nutrição de novilhas pré-púberes revelou que uma dieta de alta energia pode transformar o manejo reprodutivo em pecuárias. Ao longo de um ano, essas novilhas apresentaram ganhos significativos, com um aumento de peso médio e um acabamento de carcaça aprimorado. O manejo energético levou a um aumento de 49% na produção total de ovócitos e 42% na viabilidade dos mesmos. Além disso, essa estratégia possibilitou que as novilhas estivessem em condições de reprodução aos 12 meses de idade, antecipando o momento crucial para o ciclo produtivo.

Embora a dieta mais energética tenha um custo elevado, o retorno financeiro mostrado foi impressionante, com índices que podem chegar a 2,8 vezes superiores em comparação com métodos tradicionais. O uso de melatonina, um hormônio natural, também mostrou resultados promissores, incrementando em 13% a produção de embriões in vitro, com taxas de sucesso próximos às registradas em vacas adultas.

Pesquisadores da Embrapa Cerrados e da Universidade de Brasília (UnB) argumentam que planos nutricionais de alta densidade energética podem aumentar a produção de embriões em até 21% em novilhas. Esse enfoque não apenas melhora a eficiência reprodutiva, mas também aborda o problema da puberdade tardia em raças como a Nelore, ganhando importância econômica para os sistemas de produção de leite e carne.

De acordo com o especialista Carlos Frederico Martins, a redução da idade ao primeiro parto pode diminuir significativamente os custos de produção. Novilhas que engravidam mais cedo não só contribuem para melhorias econômicas, como agilizam programas de melhoramento genético, encurtando o intervalo entre gerações. Martins explica que novilhas nessa fase da vida têm um maior número de folículos ovarianos. Entretanto, a taxa de embriões in vitro dessas jovens fêmeas ainda é inferior às de vacas adultas.

No experimento realizado, novilhas da raça Nelore receberam uma dieta que incluía farelo de soja, milho moído e minerais. Após o desmame, os grupos foram divididos entre um tratamento convencional e outro de alta energia. As que seguiram a segunda dieta registraram cerca de 49% mais ovócitos recuperados e 42% mais viáveis, além de maior peso e condicionamento corporal.

A análise financeira deste estudo apontou que, apesar do maior custo alimentar nas dietas energéticas, a produção de embriões pode resultar em um reflexo positivo no retorno financeiro, mostrando que estratégias nutricionais mais completas não são apenas benéficas para os animais, mas também para o bolso do produtor. A produção de embriões frescos, vitrificados ou criopreservados mostrou margens que reforçam a viabilidade econômica desse tipo de manejo.

Paralelamente, a pesquisa explorou a aplicação da melatonina, demonstrando que essa substância pode elevar a taxa de produção de embriões, aproximando os resultados dos obtidos com vacas adultas. Com um enfoque multidisciplinar, o time de pesquisa se propõe a aprofundar ainda mais na relação entre nutrição e produção reprodutiva, destacando a importância de estratégias que otimizem a qualidade dos embriões e a saúde dos animais.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Carlos Frederico Martins / Embrapa

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