logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Safra de Castanha-da-Amazônia 2024/2025 registra forte queda devido à seca do El Niño

COMPARTILHE

A atual safra de castanha-da-amazônia está enfrentando uma forte queda de produção devido à seca extrema causada pelo fenômeno El Niño. A alta temperatura e a falta de chuvas prejudicaram a floração e a formação dos frutos das castanheiras, resultando em impactos significativos na economia regional. Para lidar com essa situação, pesquisadores destacam a importância do manejo adequado e da renovação dos castanhais, especialmente considerando que árvores mais jovens tendem a ser mais resilientes em face de eventos climáticos extremos.

Especialistas também recomendam medidas de regulação e suporte ao setor, a fim de evitar perdas financeiras a longo prazo. A criação de um seguro-extrativismo é defendida como uma forma de mitigar os impactos econômicos e proteger os produtores em casos de baixa produção devido a eventos climáticos adversos.

A seca severa e o aumento das temperaturas, agravados pelo El Niño, foram apontados como os principais motivos para a queda na produção de castanha-da-amazônia na safra atual. O ciclo reprodutivo da castanheira-da-amazônia é sensível às variações climáticas, o que resultou em uma drástica redução na produção neste ano.

Apesar do cenário desafiador, os pesquisadores da Embrapa preveem uma possível superprodução na safra seguinte, em 2025/2026, pois as castanheiras tendem a compensar os períodos de baixa produtividade com maior frutificação nos anos seguintes. No entanto, alertam para a necessidade de implementar medidas de adaptação para lidar com a oscilação nos preços de mercado.

Medidas como o manejo e a renovação dos castanhais, juntamente com práticas agroextrativistas, podem ajudar no aumento da produção de castanhas. O corte de cipós, por exemplo, foi comprovado como uma técnica eficaz para aumentar a produção das árvores. Além disso, a produção de mudas em miniestufas e a implementação do modelo de manejo “Castanha na Roça” também têm se mostrado promissores para o aumento da produção e a regeneração natural da espécie.

A criação de um seguro-extrativismo é discutida como uma forma de garantir compensação financeira aos extrativistas em anos de baixa produção. Essa medida, juntamente com a implementação de práticas sustentáveis e a valorização da castanha-da-amazônia no mercado, pode contribuir para a conservação da biodiversidade amazônica e a segurança alimentar das comunidades locais.

A Rede Kamukaia, coordenada pela Embrapa, atua há quase 20 anos em parceria com comunidades agroextrativistas da região, desenvolvendo estudos e tecnologias sociais para fortalecer a cadeia produtiva da castanha-da-amazônia. O Projeto NewCast, integrante da rede, tem como objetivo superar os desafios na produção, melhorar a qualidade do produto e fortalecer as comunidades extrativistas.

No entanto, a escassez de castanhas devido à queda de produção pode impactar a renda das comunidades extrativistas, tornando essencial o fortalecimento das indústrias de base comunitária para garantir a estabilidade econômica dessas populações. Ademais, a comunicação transparente com os clientes e a previsibilidade na oferta são aspectos-chave para lidar com os desafios atuais e futuros no setor da castanha-da-amazônia.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Ronaldo Rosa / Embrapa

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade