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Exclusivo Brasil entra para a OPEP sem desprezar seus compromissos com o meio ambiente

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O Brasil aceitou o convite para ingressar no Fórum da OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo), participando a partir desse ingresso das discusões sobre políticas ligadas ao comércio e produção desse combustível. A expectativa é ampliar o diálogo internacional  e acompanhar os debates sobre a oferta e demanda do petróleo.

Logo que se deu a adesão brasileira à Carta de Cooperação entre Países Produtores, começou a disparar uma onda de reprovação à decisão do Brasil, que ambientalistas consideram um retrocesso. Uma reação prontamente abraçada por setores da mída tradicional, mantida e estimulada por setores conservadores do mercado, que enxergam sempre erro do governo em todas as suas iniciativas.

Os argumentos dos que são contrários ao ingresso na Opep são os mesmos de sempre. Os de que o Brasil não pode se afastar do Acordo de Paris e tem que ser visto como um exemplo para o mundo como país comprometido com as questões ambientais. Isso parece bastantre bonito, não fosse o fato de que o Acordo de Paris, celebrado por 193 países em dezembro de 2015-  completando agora em 2025 exatos 10 anos de existência-, não passa até o momento de uma triste e lamentável ficção. 

Por esse Acordo, fixaram-se entre os quase 200 signatários metas de redução de 43% nas emissões de gases de efeito estufa, a partir dali e até o ano de 2030, com base nas emissões registradas no ano de 2005. E para que essas metas fossem alcançadas pelos países pobres e pelas nações em desenvolvimento, restaurando o meio-ambiente, os países ricos participantes do acordo comprometiam-se a repassar ao resto do mundo a importante cifra de US$ 100 bilhões a cada ano, o que, se tivesse sido cumprido, representaria nesses 10 anos de existência, o magnífico valor de US$ 1 trilhão. O fato é que ninguém viu a cor desse dinheiro.

Nada disso foi cumprido e o Acordo de Paris, negligenciado historicamente, acaba de receber um duro golpe, com a decisão anunciada por Donald Trump de que os Estados Unidos pularam fora desse entendimento entre os 193 países (inclusive e principalmente a própria nação norte-americana), deixando de bancar a expressiva soma de dólares de sua obrigação.

Contra essa posição absurda de Trump pouco se vê de condenação. Setores poderosos da mídia e os extremistas de direita simplesmente fecham aos olhos, pois não interessa entrar nessa discussão. E são esses mesmos que encabeçam os movimentos contrários ao ingresso do Brasil na OPEP.

O fato real é que o Brasil tem amplas possibilidades de ampliar significativamente a sua produção e comercialização de petróleo, graças ao fato de que possui reservas inestimáveis e goza hoje de prestígio internacional, restabelecido a partir do retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência do país. Ingressar nese Fórum de discussões da OPEP significa ganhar importância e ter voz junto a quem planeja mundialmente produção e comerialização.

O Presidente Lula tem apoiado a Petrobrás no seu planejamento de expandir a produção de petróleo e gás natural, no esforço de tornar o país auto-suficiente, reduzindo suas importações a cada ano. O aumento na produção já passa de 4% ao ano, graças à abertura de novos campos e à recuperação de inúmeros poços antes fechados e abandonados, sobretudo nas bacias de Campos e Santos.

E tudo o que o que atualmente tem sido realizado no Brasil está na linha de conciliação com a transição energética, pois a Petrobrás tem investimentos expressivos na geração de energia limpa em grande escala. No mesmo momento em que decidiu entrar para a OPEP, aceitando um convite feito há mais de um ano, o Governo brasileio resolveu também aderir  à Irena – Agência Internacional para as Energias Renováveis-, numa sinalização de que está compremetido com as questões ambientais, de geração de energia limpa, mas não abre mão do seu empenho e necessidade de ampliar a produção de gás e petróleo, fortalecendo o país diante do mundo.

É triste observar que o complexo de vira-lata, como bem definiu o escritor e dramaturno Nelson Rodrigues, ainda permaneça na cabeça de muitas pessoas.

Por José Osmando

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