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Pesquisa inovadora revela espermatozoides do pirarucu e avança na reprodução artificial da espécie.

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Uma pesquisa recentemente publicada revelou detalhes inéditos sobre as células espermáticas do pirarucu, uma espécie de peixe amazônico ameaçada de extinção. Pesquisadores da Embrapa, localizados em Palmas (TO), desenvolveram métodos inovadores para identificar o sexo dos peixes e coletar o sêmen, algo que há alguns anos atrás não era possível. Esses avanços foram alcançados no âmbito do projeto Aquavitae, que reúne 29 instituições de 16 países para impulsionar a aquicultura na região banhada pelo Oceano Atlântico.

A capacidade de determinar o sexo dos peixes e coletar o sêmen de forma eficiente permitiu que um piscicultor aumentasse significativamente o número de reproduções por ano, passando de duas para até sete reproduções. Isso é crucial para atender à crescente demanda do setor produtivo por uma reprodução artificial que seja constante ao longo do ano.

Os resultados desses estudos foram publicados na revista científica Fishes e representam um marco em uma pesquisa que já dura nove anos. Agora, os pesquisadores estão focados na próxima etapa, que é a criopreservação do material genético do pirarucu para garantir sua conservação e reprodução artificial. Esse processo é essencial para manter a oferta de alevinos e preservar essa espécie valiosa tanto para a gastronomia quanto para a indústria da moda.

Diferentemente de outras espécies de peixes, como a tilápia, cuja reprodução em cativeiro já está bem estabelecida, a domesticação do pirarucu é um desafio complexo que envolve diversos aspectos, incluindo a identificação do sexo dos peixes e a coleta eficiente do sêmen. Até recentemente, pouco se sabia sobre as células espermáticas do pirarucu e a viabilidade de coletar o sêmen, o que tornava a reprodução artificial dessa espécie um desafio ainda maior.

Diante desse cenário, os pesquisadores desenvolveram um método de canulação para distinguir machos e fêmeas, o que permitiu melhorar significativamente a reprodução do pirarucu em cativeiro. Um exemplo prático desse avanço é o caso do piscicultor Moisés Zorzeto Neto, que conseguiu aumentar sua produção de alevinos devido ao uso dessa técnica inovadora.

O projeto Aquavitae, do qual esses estudos fazem parte, reuniu diversas instituições de diferentes países com o objetivo de impulsionar a aquicultura e aumentar a produção aquícola. Essa iniciativa representa uma importante conquista no campo da pesquisa científica e demonstra o potencial de colaboração entre diferentes países e setores para enfrentar desafios complexos como a reprodução de espécies ameaçadas como o pirarucu.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Ronaldo Rosa / Embrapa

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