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Descoberta de compostos prebióticos no pinhão pode revolucionar mercado de alimentos saudáveis.

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Um estudo recente realizado pela Embrapa Florestas em parceria com universidades investigou a composição nutricional da semente da Araucaria angustifolia, mais conhecida como pinhão. A pesquisa analisou três variedades de pinhão e identificou a presença de amido resistente e compostos prebióticos, como os fructooligossacarídeos (FOS), que têm a capacidade de estimular o crescimento de probióticos, microrganismos benéficos para a saúde intestinal.

A presença desses compostos no pinhão se mostrou promissora, abrindo oportunidades para o desenvolvimento de produtos alimentares inovadores voltados para a saúde digestiva, como snacks, cereais matinais, suplementos e alimentos funcionais. A pesquisa também registrou a presença de compostos fenólicos, minerais como fósforo, potássio e magnésio, além do amido resistente, que já eram conhecidos pela ciência.

A descoberta dos FOS no pinhão foi considerada um achado importante pela pesquisadora da Embrapa, Catie Godoy, coordenadora do projeto PINALIM. Segundo ela, a presença desses compostos até então observados em outras fontes vegetais pode aumentar o interesse em consumir pinhão como parte de uma dieta saudável. Os resultados do estudo foram publicados na revista Food and Nutrition Sciences.

O amido resistente e os FOS presentes no pinhão foram analisados em três variedades diferentes da semente, colhidas em diferentes épocas do ano para avaliar possíveis variações em sua composição química e efeitos no crescimento bacteriano. Os resultados foram positivos, mostrando que o pinhão pode promover o crescimento de bactérias benéficas, como os L. plantarum e B. breve, responsáveis por manter a saúde intestinal e prevenir diversas doenças.

Além disso, a presença de FOS no pinhão pode contribuir significativamente para a manutenção do ecossistema intestinal, promovendo o crescimento de bactérias benéficas e inibindo aquelas associadas a desequilíbrios e doenças. Comercialmente, os FOS são utilizados como suplementos e seu consumo pode trazer benefícios como a redução do colesterol, controle da glicose no sangue, melhora na absorção de nutrientes e prevenção de doenças cardiovasculares, osteoporose e sensibilidades alimentares.

Diante dessas descobertas, novas oportunidades surgem para a utilização do pinhão como fonte de nutrientes importantes para a saúde digestiva, incentivando a inclusão desse alimento tradicional na dieta e contribuindo para a preservação das florestas de araucária. A pesquisa representa um passo importante na valorização e utilização sustentável do pinhão, trazendo benefícios tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Zig Koch / Embrapa

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