Um comunicado da equipe do Ecoa Lab, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), trouxe à tona a gravidade da situação dos recifes de corais em Alagoas após o evento de branqueamento que devastou essas estruturas marinhas.m
Uma avaliação preliminar realizada no final de agosto agosto, na região de Maragogi, revelaram que a mortalidade dos corais deve ultrapassar os 90%, um cenário alarmante e sem precedentes no litoral alagoano.
Os corais, que são fundamentais para a biodiversidade marinha, fornecendo abrigo e alimento para inúmeras espécies, estão severamente comprometidos. Isso impacta diretamente a pesca, o turismo e até mesmo a proteção da costa contra tempestades e erosão.
A morte dessas estruturas ameaça todo o ecossistema marinho e, por consequência, as atividades humanas que dependem dele.
A equipe do Ecoa Lab destacou que o cenário é ainda mais preocupante por causa das mudanças climáticas, que vêm agravando o aquecimento dos oceanos. Esse aquecimento prolongado foi o principal responsável pelo evento de branqueamento e morte em massa dos corais, o que reforça a necessidade de uma ação global e local para mitigar os efeitos dessas mudanças.
O estudo em questão está vinculado a projetos desenvolvidos no Programa de Pós-Graduação em Dinâmica de Biocenoses e Conservação (PPGDIBICT) da UFAL, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além disso, o projeto integra a equipe do PELD Alagoas, que monitora diversos aspectos socioambientais na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APACC).
A equipe do Ecoa Lab está articulando parcerias com diversos setores, como o governo, academia e organizações não governamentais, para implementar um projeto de monitoramento contínuo e restauração dos recifes. A ideia é promover soluções sustentáveis, como o turismo ecológico, que pode gerar renda ao mesmo tempo em que contribui para a conservação dos recifes. A conscientização e o envolvimento da população são fundamentais para que essas ações tenham sucesso.
O momento de agir é agora. Pequenas atitudes individuais, como reduzir o impacto ambiental e apoiar iniciativas de conservação, podem ajudar a preservar os recifes e, consequentemente, nossos oceanos.