Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) lançou um e-book intitulado “Formação Continuada: Tecendo Saberes necessários ao Atendimento Educacional Especializado para Educandos de Crianças com Transtorno do Espectro Autista”. O objetivo deste material é proporcionar uma formação continuada para os profissionais da educação básica que trabalham com crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O e-book traz uma série de conceitos, níveis de suporte para o TEA e procedimentos adaptativos para o trabalho em sala de recursos com pessoas atípicas. Uma parceria com o Colégio de Aplicação Telma Vitória (CApTV) viabilizou a oportunidade de aprimoramento profissional para a equipe. Com 92 crianças matriculadas, sendo 12 portadoras do TEA, a direção da escola reconhece a importância de um atendimento qualificado para contribuir positivamente no desenvolvimento infantil, visando à inclusão e à minimização dos impactos na adaptação, atendendo às necessidades específicas das crianças.
A diretora do CApTV, Aline Ferreira, destacou a relevância da formação continuada oferecida, ressaltando a importância do estudo e aperfeiçoamento na interação com as crianças especiais e no entendimento das particularidades de cada uma. A professora Chrystiane Toscano, do Instituto de Educação Física e Esporte (Iefe), enfatizou a importância do e-book não apenas para os professores da educação básica, mas para toda a comunidade acadêmica interessada em se aprimorar, visando a melhoria da qualidade de vida dos educandos com TEA.
Além disso, a parceria com o CApTV está alinhada com as metas do Ministério da Educação (MEC) de formação continuada de professores, por meio da Rede Nacional de Formação Continuada de Professores (Renafor). Essa rede tem como objetivo formular, coordenar e avaliar ações e programas educacionais que contribuam para a melhoria da educação e inclusão de todos os públicos beneficiados pelas propostas.
O e-book também aborda o Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a forma como as pessoas percebem o mundo, com manifestações que envolvem dificuldades na comunicação, interações sociais e comportamentos repetitivos. Para identificar e tratar o TEA, é fundamental a análise detalhada de uma equipe multidisciplinar e a intervenção especializada desde os primeiros anos de vida.
Diante disso, a abordagem na educação básica para crianças com TEA deve ser especializada, incluindo adaptações curriculares, suporte individualizado, ambiente estruturado, técnicas comportamentais, atividades que promovam a comunicação e habilidades sociais, além do envolvimento e capacitação das famílias. A oferta de treinamento adequado aos profissionais e a mobilização dessas famílias são essenciais para garantir um atendimento eficaz e inclusivo para os alunos com TEA.
Com informações e fotos da UFAL
