Um estudo recente revela que a universalização do saneamento em Alagoas poderá impulsionar o setor de turismo local, resultando em um acréscimo de R$ 1,53 bilhão até 2040. Isso representa uma média anual de R$ 85,3 milhões, enfatizando a importância de melhorias na infraestrutura de saneamento e na qualidade da água tratada. Este aumento econômico é considerado essencial, pois a despoluição de rios e córregos, juntamente com a oferta de água potável, são condições fundamentais para atrair e manter turistas na região.
A pesquisa, divulgada pelo Instituto Trata Brasil, salienta que a universalização do saneamento pode ser um motor de desenvolvimento social, econômico e ambiental. Melhores infraestruturas têm o potencial de contribuir significativamente para o bem-estar dos habitantes e visitantes de Alagoas, além de fortalecer o apelo turístico do estado. Resta claro que áreas afetadas pela falta de coleta e tratamento de esgoto, assim como a escassez de água limpa, repelem potenciais turistas, prejudicando a imagem e a viabilidade econômica do local.
Bárbara Braga, secretária de Estado do Turismo, ressaltou a relevância desse estudo, afirmando que a universalização do saneamento é fundamental para a competitividade turística do estado. O documento enfatiza que, em um cenário onde o turismo é uma das bases da economia alagoana, cada passo em direção à melhoria do saneamento é um passo rumo ao desenvolvimento e à criação de empregos. Ela também apontou que a temporada 2025/2026 promete atrair mais de 1,3 milhão de passageiros aéreos e cerca de 150 mil cruzeiristas, com um movimento econômico potencial de R$ 2,8 bilhões — um reflexo do trabalho contínuo na melhoria do destino.
De acordo com o estudo intitulado “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento em Alagoas”, entre 2004 e 2022, um milhão de pessoas passaram a ter acesso a água tratada, e 353 mil alagoanos tiveram acesso ao serviço de coleta de esgoto em suas residências, gerando um ganho bruto de R$ 13,9 bilhões. Isso implica que, para cada real investido em saneamento, houve um retorno de R$ 8,5 em benefícios sociais.
Prevê-se que, até 2040, os ganhos totais para Alagoas alcancem R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 11,9 bilhões seriam benefícios diretos, enquanto R$ 10,2 bilhões corresponderiam à redução de perdas decorrentes de externalidades. Um impacto significativo na geração de emprego também é esperado, com a criação de aproximadamente 13,2 mil postos de trabalho durante a fase de expansão das redes de saneamento.
O estudo aponta ainda que haverá um aumento na produtividade devido à melhoria contínua do saneamento em Alagoas. O aumento previsto na renda do trabalho com essa expansão entre 2023 e 2040 é estimado em R$ 7,5 bilhões, gerando um ganho anual de cerca de R$ 417,1 milhões.
A presidente-executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, afirma que a pesquisa demonstra a capacidade transformadora que a universalização do saneamento pode ter para a população alagoana. A estiagem em investimentos em saneamento básico não deve ser vista apenas como um custo, mas como um investimento no futuro do estado, onde os ganhos potenciais reverberarão na saúde pública, no turismo, na produtividade laboral e na valorização imobiliária. Para ela, a universalização do saneamento é uma oportunidade real para assegurar um futuro próspero e saudável para Alagoas e suas futuras gerações.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas
