Na véspera do Réveillon, a tradicional cerimônia em homenagem a Iemanjá mobiliza fiéis e admiradores das práticas afro-brasileiras no Rio de Janeiro. Este ritual, realizado na Praia do Leme, é uma das muitas manifestações culturais que celebram o poder da mãe das águas na Umbanda, religião que reverencia orixás e entidades espirituais.

Desde as primeiras horas do dia, um grande número de devotos e simpatizantes se reúne na orla, munidos de flores, velas e oferendas destinadas à deusa das águas. A expectativa é alta, pois muitos acreditam que as boas energias geradas na festa podem trazer prosperidade e paz para o ano que se aproxima. A preparação envolve diversas comunidades que se unem em um clima de harmonia e respeito mútuo, refletindo a essência da própria Umbanda.

Os participantes costumam adornar a areia da praia com suas oferendas, que vão desde colares de flores até pequenas embarcações. A cor branca predominante, simbolizando a pureza e a espiritualidade, é uma das características mais marcantes do evento. Ao som de cânticos e tambores, a celebração ganha vida, despertando tanto a alegria quanto a reflexão sobre o significado da religiosidade na vida de cada um.

As cerimônias geralmente incluem rituais de agradecimento e pedidos de bênçãos. Com a chegada da noite, a atmosfera se torna ainda mais intensa, à medida que fogos de artifício iluminam o céu, simbolizando o encerramento de um ciclo e a esperança de renovações. O rito não apenas atrai aqueles que seguem a religião, mas também curiosos e turistas, ansiosos para vivenciar uma das mais marcantes tradições do final de ano carioca.

Além de ser um espaço de fé e devoção, o culto a Iemanjá reforça a importância da preservação da cultura afro-brasileira, promovendo o respeito à diversidade religiosa. Essa celebração é um retrato da resistência e da riqueza das tradições que formam a identidade do Brasil, unindo diferentes pessoas em uma mensagem de amor e paz na virada do ano.

Com informações da EBC
Fotos: / EBC