Nos primeiros três meses de operação do programa Voa Brasil, 16 mil reservas foram realizadas por aposentados do INSS que não haviam viajado por um período mínimo de um ano. As estatísticas foram divulgadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), que introduziu a primeira fase do programa em 24 de julho. Feito em colaboração com companhias aéreas, o objetivo do Voa Brasil é proporcionar passagens aéreas a aposentados por até R$ 200 o trecho, especialmente em períodos de baixa temporada e para aproveitar assentos que normalmente estariam desocupados.
As reservas de passagens, com a finalidade de segurança, podem ser feitas somente através do portal www.gov.br/voabrasil. Para acessar o benefício, o aposentado deve possuir cadastro ouro ou prata. Durante estes três meses desde o lançamento, o portal foi visitado por mais de 100 mil usuários individuais, verificando-se uma taxa de conversão (compra) de aproximadamente 15%, significativamente maior comparada aos websites das próprias companhias aéreas, onde a taxa é abaixo de 3%.
Os destinos escolhidos pelos aposentados abrangem todas as regiões do Brasil, com viagens sendo realizadas para 74 cidades diferentes, cobrindo metade dos aeroportos com voos regulares no país. As regiões Sudeste e Nordeste destacaram-se como as mais populares, com 44% e 40% das passagens adquiridas, respectivamente. Entre os 10 principais destinos escolhidos, encontram-se seis cidades no Nordeste, três no Sudeste e uma no Centro-Oeste. As cidades mais visitadas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Brasília, Salvador, João Pessoa, Natal, Belo Horizonte e Maceió, totalizando mais de 12 mil aposentados (77% do total de passageiros).
O Nordeste conta ainda com 19 das 70 cidades incluídas nos destinos escolhidos. Por sua vez, o Sudeste possui 17 destinos listados, seguida pelas regiões Sul e Norte com 15 e 13 cidades, respectivamente. No Centro-Oeste, seis destinos foram procurados.
O Ministério de Portos e Aeroportos planeja expansão do programa no primeiro semestre de 2025. A próxima fase tem como objetivo beneficiar estudantes universitários de baixa renda. Importa destacar que o programa não faz utilização de recursos públicos, fundamentando-se exclusivamente na disponibilidade de assentos ociosos disponibilizados pelas companhias aéreas parceiras.
