Em um recente desdobramento do caso envolvendo a empresa de venda de passagens 123 Milhas, a Justiça do Rio de Janeiro tentou executar um crédito de R$ 385 referente a um processo movido por um dos muitos consumidores afetados pela recuperação judicial da empresa. A tentativa, realizada em diversas contas bancárias dos sócios da 123 Milhas, não encontrou qualquer valor disponível. A juíza Sonia Maria Monteiro, do 27º Juizado Especial Cível do Rio, descreveu a situação como inusitada, observando que é improvável que os sócios da empresa não tenham fundos em nenhuma de suas contas bancárias no Brasil.
Essa investigação é parte do processo em curso acerca da recuperação judicial da 123 Milhas, que está em andamento desde o início do ano. A empresa tem enfrentado dificuldades financeiras significativas, com um passivo acumulado de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, e recentemente obteve uma extensão do prazo de 180 dias para começar a pagar suas dívidas. Esse adiamento dá mais tempo para a elaboração e apresentação do plano de recuperação e pagamento aos credores, que estava previsto para ocorrer em outubro de 2023, mas agora só deverá ser abordado em 2025.
Desde agosto, os canais de atendimento administrados pela empresa para a comunicação com seus clientes e credores estão inativos. A inatividade desses canais tem gerado incertezas e dificuldades na comunicação, o que tem sido uma preocupação séria para aqueles que buscam esclarecimentos e resolução de pendências.
A 123 Milhas tem sido alvo de críticas devido à sua capacidade de gerenciar a crise e atender às necessidades de seus clientes. A empresa ainda não se manifestou oficialmente sobre os recentes desdobramentos do processo judicial e as tentativas da Justiça de recuperar recursos para o ressarcimento dos consumidores. O portal PANROTAS continua a acompanhar de perto a situação e está aguardando uma resposta oficial da 123 Milhas para oferecer uma visão mais completa dos próximos passos nesse processo complexo e com potenciais impactos no setor de turismo e viagens no Brasil.