A Walt Disney Company divulgou recentemente seus resultados financeiros e operacionais para o terceiro trimestre do ano fiscal de 2023/2024, encerrado em 29 de junho. A receita total da empresa alcançou US$ 23,2 bilhões, representando um crescimento de 4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, a Disney registrou um lucro de US$ 2,84 bilhões, revertendo um prejuízo de US$ 153 milhões observado no terceiro trimestre do ano passado. Com esses números, o lucro por ação diluído subiu para US$ 1,43, significativamente acima dos US$ 0,25 registrados no mesmo trimestre de 2022.
Robert Iger, CEO da Walt Disney Company, destacou o progresso significativo da empresa em suas quatro prioridades estratégicas: estúdios criativos, streaming, esportes e experiências. O desempenho robusto no trimestre foi impulsionado principalmente pelos excelentes resultados no setor de entretenimento.
No campo do entretenimento, um dos maiores destaques foi o sucesso do filme “Divertida Mente 2”, que se tornou a animação de maior bilheteria de todos os tempos. A Disney também observou uma melhoria considerável na receita operacional de entretenimento, quase triplicando graças aos melhores resultados em Direct-to-Consumer e Content Sales/Licensing. Esses avanços, combinados com resultados positivos da ESPN+, permitiram que a Disney registrasse lucro no segmento de streaming pela primeira vez. No mesmo segmento, “Divertida Mente 2” gerou um aumento na adesão ao Disney+, com mais de 1,3 milhão de novas inscrições impulsionadas pela popularidade do filme.
Quanto ao segmento de experiências, a receita do terceiro trimestre subiu 2%, alcançando US$ 8,38 bilhões. No entanto, os ganhos operacionais caíram 3%, totalizando US$ 2,22 bilhões. A Disney atribuiu essa queda a uma demanda mais moderada dos consumidores. Apesar disso, certos componentes do portfólio, como a Disney Cruise Line, Consumer Products e alguns parques internacionais, apresentaram resultados melhores do que no ano anterior.
Nos parques localizados nos Estados Unidos, houve uma ligeira diminuição nos ganhos operacionais, mesmo com um número estável de visitantes e aumento nos gastos per capita. No terceiro trimestre, os parques e experiências da Disney nos EUA faturaram US$ 5,82 bilhões. A empresa mencionou que a receita operacional do segmento de experiências deve diminuir no quarto trimestre, influenciada por fatores como a redução das viagens normais à Disneyland Paris devido às Olimpíadas e uma demanda cíclica menor na China.
Por outro lado, a Disney observou uma forte demanda pelos cruzeiros da Disney Cruise Line, embora os resultados do próximo trimestre devam refletir os custos associados ao pré-lançamento dos novos navios Disney Adventure e Disney Treasure. No setor de parques domésticos, a empresa citou vários fatores que contribuíram para a redução na receita operacional, incluindo custos mais altos impulsionados pela inflação, investimentos em tecnologia e novas ofertas para hóspedes.
Em termos de parques e experiências internacionais, os resultados operacionais do trimestre atual foram melhores em comparação ao ano anterior. Isso se deveu ao aumento dos volumes de visitantes e pernoites em resorts, além de um crescimento nos gastos por quarto nos resorts. No entanto, os custos também aumentaram devido a novas ofertas para hóspedes, inflação e maior depreciação.
A Disney continua monitorando de perto o volume de hóspedes e os gastos, administrando de forma agressiva sua base de custos para se adaptar aos desafios do cenário atual.