A atuação dos Institutos de Criminalística e de Medicina Legal foi fundamental para desvendar um crime brutal ocorrido em Maceió. O caso da morte de Luana Cristina de Menezes Cabral, de 27 anos, que inicialmente parecia um suicídio, rapidamente se transformou em um contundente exemplo de feminicídio.
Na noite de 10 de outubro de 2025, familiares de Luana a encontraram sem vida em seu apartamento, localizado no bairro Trapiche da Barra. A jovem estava apenas com roupas íntimas e tinha um pano enrolado no pescoço. Ao chegar ao local, a perita criminal Nathália Lins notou sinais que levantavam suspeitas sobre a versão inicial. As lesões na vítima eram incompatíveis com um ato suicida.
Nathália detalhou as evidências coletadas: “A vítima apresentava escoriações e equimoses no pescoço, características de esganadura, além de marcas que indicavam uma luta física.” Fenômenos como fragmentos de unhas da vítima no chão e danos na porta de entrada sugeriam resistência e movimentação na cena do crime.
Vestígios, incluindo a blusa que estava enrolada no pescoço de Luana e amostras biológicas retiradas das unhas da vítima, foram coletados para análises. O ex-companheiro da vítima, visto pela última vez com ela, também teve amostras genéticas coletadas.
Os dados foram enviados para o Laboratório de Microvestígios e o Laboratório de Genética Forense. O médico-legista Lucas Emanuel confirmou que Luana morreu por asfixia mecânica, resultado de um ataque físico. Exames indicaram que a luta foi intensa, com sinais de defesa, como unhas quebradas.
“Unhas fraturadas nas mãos são uma forte indicação de que houve resistência da vítima contra o agressor”, destacou o médico. Durante a necropsia, ainda foram coletados materiais biológicos para análises toxicológicas.
As análises de DNA, conduzidas pela perita Carmélia Miranda, confirmaram a presença do perfil genético do ex-companheiro em diversos vestígios da cena do crime. “Encontramos o perfil masculino em fragmentos de unhas postiças e na blusa que estava em volta do pescoço da vítima”, garantiu a perita.
A investigação, liderada pelo delegado Gilson Rego, resultou na confirmação do crime de feminicídio. O ex-companheiro, que já havia sido denunciado por violência doméstica, foi preso pela Polícia Civil, trazendo uma resposta necessária em um caso que chocou a sociedade alagoana.
Com informações e imagens do Governo de Alagoas.













