Uma interrupção cibernética global afetou o mundo na manhã desta sexta-feira, 19 de julho. A causa foi uma falha na atualização do software da empresa norte-americana CrowdStrike, responsável pela ferramenta de detecção de invasões hackers chamada Falcon. Especialistas suspeitam que o erro na atualização tenha causado o apagão que afetou diversos serviços em todo o mundo.

Clientes, incluindo a gigante Microsoft, foram impactados pela falha, resultando na interrupção de todos os serviços da empresa. Usuários relataram que ao ligar seus computadores, o sistema Windows travava e exibia a temida “tela azul da morte”. Isso ocorreu devido ao uso da ferramenta Falcon em conjunto com o software de computação em nuvem da Microsoft, chamado Azure.

A Microsoft informou que a falha foi resolvida por volta das 8h10, mas ressaltou que problemas residuais ainda poderiam ocorrer. A empresa listou os serviços que foram afetados e já voltaram a operar normalmente. Segundo a agência Reuters, a CrowdStrike reconheceu o problema na atualização e afirmou ter instalado uma correção.

O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, esclareceu que a falha na atualização foi identificada e corrigida. No entanto, a empresa não confirmou se o apagão global estava diretamente relacionado à sua falha. A situação destacou a importância de processos rigorosos de testes e validação em atualizações de software, especialmente em produtos de segurança cibernética com amplo uso global.

O Escritório Federal Suíço de Segurança Cibernética apontou que uma atualização ou configuração incorreta da CrowdStrike foi responsável pelas interrupções tecnológicas internacionais. Companhias aéreas como American Airlines, United e Delta paralisaram voos, enquanto no Brasil, usuários reclamaram da inoperância de aplicativos bancários. A situação ressalta a importância de testes exaustivos em atualizações de software para evitar regressões e problemas futuros.