No contexto da crescente onda de violência que assola Maceió, a condenação do notório ‘Serial Killer de Alagoas’, Albino Santos de Lima, de 43 anos, foi novamente solidificada por evidências substanciais apresentadas durante seu terceiro julgamento em 2025. O tribunal se reuniu no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no dia 31 de julho, para reavaliar um dos crimes mais hediondos que ele cometeu: o homicídio qualificado de Ana Clara Santos Lima, uma menina de apenas 13 anos.
As provas coletadas pelos Institutos de Criminalística e Médico Legal, meticulosamente elaboradas e analisadas, desempenharam um papel crucial na confirmação da autoria do crime. Durante o julgamento, a acusação, liderada pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, enfatizou como o exame balístico foi determinante. Ele confirmou que o projétil que causou a morte de Ana Clara foi disparado da arma pertencente a Albino. Para reforçar sua argumentação, Vilas Boas apresentou imagens impactantes encontradas no celular do réu, que incluíam um arquivo com reportagens sobre as mortes de suas vítimas, o que evidenciava não apenas a crueldade de suas ações, mas também uma natureza perversa.
Albino Santos de Lima, ao longo do processo, buscou descreditar as evidências periciais. No entanto, sua defesa falhou em abalar a consistência dos laudos apresentados. O promotor, em um apelo emocional e contundente ao júri, chamou a atenção para a necessidade de considerar cada palavra ou depoimento produzido por assassinos como Albino com extrema cautela. “Esse laudo é inconteste, não é uma prova surreal. Além de ser um psicopata, ele é um verdadeiro pervertido sexual”, afirmou Vilas Boas.
O testemunho da mãe de Ana Clara, Piedade Wilma Melo dos Santos, também teve um impacto profundo no tribunal. Visivelmente abalada, ela compartilhou a dor irreparável da perda de sua filha, descrevendo-a como sua companheira e apoio em todos os aspectos da vida. “Eu trabalhava como vendedora de café e bolo e só tinha ela”, declarou, suas palavras ecoando a tragédia familiar gerada pela violência.
Essa condenação é a terceira de Albino neste ano, somando-se a sentenças anteriores que totalizam mais de 60 anos de prisão. A perita-geral da Polícia Científica, Rosana Coutinho, parabenizou as equipes envolvidas nas investigações, ressaltando a importância dos laudos técnicos, que não só auxiliam na elucidação dos crimes, mas também proporcionam conforto emocional às famílias das vítimas.
Assim, a combinação de provas robustas e o significado social do trabalho pericial reafirmam o compromisso da justiça em perseguir a verdade e oferecer um amparo às famílias afetadas pela brutalidade da criminalidade.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas