Policiais civis da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Maceió realizaram, nesta segunda-feira (16), a prisão de um homem de 31 anos, identificado como um dos principais suspeitos do assassinato de Marcela Valentina de Souza, uma jovem mulher trans de 20 anos. O corpo de Marcela foi encontrado em 4 de abril deste ano, em uma área do bairro Jatiúca, ação que chocou a comunidade local e levantou preocupações sobre a segurança da população LGBTQIA+.
A operação leva o selo de uma investigação minuciosa coordenada pelo delegado Eduardo Lincoln, que, juntamente com sua equipe, foi capaz de localizar o suspeito no bairro Chã de Bebedouro. Este desdobramento se deu com auxílio do contingente da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), um esforço conjunto das forças de segurança da região.
A história desse crime permeia a cidade e gera uma discussão urgente sobre a violência contra as minorias. O mandante do crime, outro indivíduo envolvido no caso, foi detido anteriormente, em 25 de maio, durante uma operação que envolveu a delegada Tacyane Ribeiro. A captura do mandante e a prisão do executor foram possíveis graças a uma série de evidências colhidas durante as investigações, que incluíram análises de dados, depoimentos e imagens de câmeras de segurança.
Essas imagens desempenharam um papel fundamental na elucidação do crime, mostrando o suspeito empurrando um carrinho de mão nas imediações do local onde o corpo de Marcela foi encontrado. A situação tornou-se ainda mais macabra quando se soube que seu corpo foi descartado em uma calçada frequentemente usada para o despejo de lixo, com partes dele enroladas e outras dentro de um saco de lona, o que acentuou a indignação pública.
A Polícia Civil destacou a importância do serviço de denúncias anônimas do Disque-Denúncia 181, que permitiu à população contribuir para a identificação dos autores do crime. O caso não só expõe a brutalidade da violência que afeta a comunidade LGBTQIA+, mas também ressalta a necessidade de uma resposta mais eficaz das autoridades para garantir a proteção e os direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade. A repercussão do caso deve servir como um alerta sobre a urgência de políticas públicas que promovam a segurança e a dignidade de todos os cidadãos.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas