Na manhã de quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025, a Polícia Civil de Alagoas lançou a operação Proditio, uma ação contundente que visa desmantelar uma organização criminosa diretamente envolvida em um esquema de desvio de recursos financeiros de uma renomada empresa no setor de construção civil. Essa operação foi liderada pelos delegados Igor Diego, que coordena a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), e João Marcello, responsável pela Seção de Capturas.
Segundo as investigações realizadas, a organização criminosa era gerida por um funcionário da área financeira da companhia, que teria utilizado folhas de pagamento fraudulentas e manipulação de registros contábeis para desviar quantias significativas. Os recursos obtidos de forma ilegal eram utilizados na aquisição de veículos luxuosos, reformas de imóveis e movimentados através de contas bancárias de familiares e pessoas de sua confiança, visando dificultar a rastreabilidade dos valores.
As acusações que recaem sobre os membros do esquema incluem furto qualificado, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Durante a operação, que resultou na execução de mandados de prisão preventiva e de busca domiciliar, o principal suspeito, um homem de 41 anos, foi detido. As investigações indicam que o grupo movimentou expressivas quantias financeiras usando transferências fracionadas, uma tática para obstruir a detecção dos desvios.
Chama a atenção que o funcionário alvo da operação começou a chegar à empresa dirigindo um veículo de luxo, uma Mercedes, o que gerou desconfiança entre seus colegas de trabalho. Ao ser questionado sobre a origem de sua nova condição financeira, ele alegou que os recursos vieram de ganhos em apostas esportivas. Contudo, essa narrativa foi rapidamente desmascarada pelas investigações, que revelaram sua verdadeira atividade de desvio.
Determinados a interromper a prática criminosa, os agentes da polícia bloquearam contas bancárias do investigado e de outros envolvidos. O delegado João Marcello comentou sobre a complexidade do esquema, revelando que ele operava há anos sem ser detectado. Destacou também a importância da operação para restaurar a integridade da empresa lesada e interromper a circulação de recursos obtidos de forma ilícita.
O nome da operação, Proditio, que significa “traição” ou “deslealdade” em latim, reflete a conduta do principal suspeito, que abusou da confiança depositada em seu cargo para perpetrar os desvios. A Polícia Civil continua a análise dos documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos em busca de rastrear todos os valores envolvidos e identificar outros potenciais integrantes do esquema criminoso. Novas prisões e diligências estão previstas, à medida que a investigação avança, e a administração da justiça permanece atenta a possíveis desenvolvimentos nesse caso alarmante.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas
