Um grupo de pesquisa vinculado ao Centro Universitário Mário Pontes Jucá (UMJ) recentemente realizou uma visita técnica ao Laboratório Forense de Alagoas, onde aprofundou seu entendimento sobre o papel crucial da Polícia Científica na abordagem de crimes sexuais. A visita foi liderada pela professora Livya Sales, especialista em Direito Penal, acompanhada de seus alunos, Anna Loureiro e Flávio Araújo, todos envolvidos em uma pesquisa que busca compreender como são atendidas as vítimas de violência sexual nos serviços de saúde do estado.
Durante a visita, os pesquisadores tiveram a oportunidade de dialogar com a perita-geral da Polícia Científica em Alagoas, Rosana Coutinho, que ressaltou a importância das instituições científicas no contexto da segurança pública. Coutinho enfatizou que os Institutos Médico-Legais e os Institutos de Criminalística desempenham um papel vital no atendimento às vítimas e na realização de exames periciais, que são essenciais para a resolução de crimes. “A nossa função não é apenas solucionar delitos, mas também atuar preventivamente e fortalecer a proteção das vítimas”, declarou.
Livya Sales, advogada e pesquisadora, destacou a relevância da visita técnica na vivência prática de experiências que esclarecem como é o processo que a vítima enfrenta em casos de estupro. A professora mencionou a importância de combater a vitimização secundária durante as investigações, um aspecto fundamental que pode impactar a recuperação da vítima e a eficácia das provas durante o processo judicial. A pesquisa realizada pelo grupo será um importante passo para iluminar exatamente como o sistema deve agir para minimizar os traumas enfrentados pelas vítimas.
Os estudantes observaram de perto os desafios que os profissionais enfrentam na coleta e análise de evidências em situações delicadas. Segundo Sales, a tecnologia atual, que começou a ser implementada a partir de 2017, revolucionou a forma como os crimes sexuais são investigados. Recursos como exames de DNA não apenas aumentaram a eficácia das investigações, mas também oferecem maior segurança para que as vítimas sejam menos revitimizadas e para que os possíveis inocentes não sofram penalidades injustas.
Além da interação com Coutinho, o grupo também conheceu a chefe do Laboratório de Genética Forense, Barbara Fonseca, que compartilhou detalhes sobre o funcionamento da unidade, a qual foi recentemente auditada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), obtendo a aprovação com 100% de conformidade em seus procedimentos.
A visita ressaltou a intersecção entre teoria e prática no estudo e na aplicação do Direito, fortalecendo o papel da Polícia Científica como um aliado no combate à criminalidade e na promoção da justiça. A compreensão dos processos investigativos e das análises periciais contribui não apenas para a elucidação de crimes, mas também para o enriquecimento do conhecimento acadêmico, beneficiando tanto as vítimas quanto a sociedade como um todo.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas