No cenário criminal contemporâneo, a pesquisa realizada por peritos criminais de Alagoas tem chamado a atenção do meio científico nacional, especialmente por abordar um fenômeno emergente no crime organizado: o “Domínio de Cidades”. Este tipo de delito se caracteriza pela apropriação de uma área urbana, onde grupos criminosos exercem controle sobre a população e suas atividades. A produção acadêmica, que envolve a colaboração da Polícia Federal e da Universidade Federal de Alagoas, detalha a importância da perícia criminal na desarticulação dessas organizações.
Os peritos Gerard Deokaran e Paulo Rogério Ferreira elaboraram um artigo que destaca não apenas a relevância das análises de vestígios papiloscópicos e balísticos, mas também a aplicação de técnicas para a identificação de substâncias utilizadas em crimes como explosões de caixas eletrônicos. Este trabalho foi publicado na seção científica da 54ª edição da Revista Perícia Federal, ressaltando a evolução das práticas periciais em Alagoas.
Paulo Rogério Ferreira, atuando no setor de Balística Forense, enfatiza a importância dos vestígios coletados durante operações que investigaram o Domínio de Cidades em Maceió. A inserção desses evidências no Banco Nacional de Perfis Balísticos viabilizou a criação de correlações entre ocorrências em diferentes estados, demonstrando a frequência com que uma mesma arma era utilizada em vários crimes. Esse avanço mostra não só a eficácia do Sistema Nacional de Análise Balística, mas também o valor que essas informações agregam às investigações criminais.
Por sua vez, Gerard Deokaran, perito e técnico explosivista, frisou que a pesquisa foi essencial para traçar novas metodologias de análise nesse contexto criminal atípico. O artigo contribuiu para consolidar um histórico de publicações que não apenas recebeu prêmios em seminários de Engenharia Forense, mas também se destacou em livros voltados para a temática da segurança pública.
A sinergia entre a Polícia Científica de Alagoas, a PF e a Ufal foi fundamental para o sucesso desse projeto investigativo. Essa colaboração não se limita apenas à troca de dados, mas também à implementação de tecnologias inovadoras que desafiam o modus operandi do crime organizado. A pesquisa incluiu o desenvolvimento de um novo sensor para a detecção de explosivos, fruto do Laboratório de Eletroquímica e Ciências Forenses, e contribuições que enriquecem o conhecimento aplicado nas investigações.
Como resultado, fica evidente que os esforços conjuntos de diferentes instituições desempenham um papel crucial na luta contra o crime, possibilitando não apenas a identificação de criminosos, mas também a desarticulação de sistemas de criminalidade que ameaçam a segurança pública.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas











