No último dia 15 de maio, uma equipe de peritos da Polícia Científica realizou uma importante operação na zona rural do município de Água Branca, onde uma área de preservação da Caatinga foi severamente atingida por incêndios florestais e desmatamento ilegal. Este trabalho contou com a presença dos peritos Jana Kelly, Nathalia Gonzaga e Lincoln Machado, que atuam na Seção de Perícias de Crimes Ambientais do Instituto de Criminalística, além do perito-geral adjunto, Wellington Melo, que supervisionou a ação.
Durante a perícia, os especialistas utilizaram um drone para capturar imagens aéreas detalhadas da região afetada. Essas imagens são fundamentais para a produção de uma ortofoto, que serve como uma representação cartográfica de precisão, permitindo medições detalhadas da área impactada. O material coletado será analisado em conjunto com dados da Plataforma Brasil Mais, com o intuito de quantificar não apenas a extensão, mas também a temporalidade dos danos ambientais.
Ao longo da investigação, foram encontradas evidências claras de atividades ilícitas, como o corte ilegal de árvores nativas, a destruição de ambientes naturais que servem como criadouros para abelhas e a queima descontrolada de vegetação. A análise também permitiu identificar a origem do incêndio e como suas chamas se espalharam, causando graves prejuízos a propriedades vizinhas, onde sistemas de irrigação e diversas culturas frutíferas foram devastadas.
A área em questão é uma Área de Proteção Permanente (APP) dentro do bioma Caatinga, que se destaca como o único bioma exclusivamente brasileiro e abriga ecossistemas vulneráveis, além de espécies que se adaptaram a condições climáticas severas. A atuação da perícia ambiental é vital não somente para identificar os responsáveis pelos danos, mas também para fundamentar investigações e processos judiciais com dados técnicos e científicos sólidos.
Os peritos ressaltam que a importância do trabalho realizado vai além da responsabilização dos culpados; trata-se, acima de tudo, de um esforço para promover a recuperação ambiental e a preservação da biodiversidade local, algo imprescindível em um ecossistema já tão fragilizado como o da Caatinga. O desdobramento dessa ação pode contribuir de forma significativa para a conscientização sobre a importância de proteger esses ambientes e suas riquezas naturais.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas