A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) efetuou a prisão em flagrante do padrasto de Rhavy Abraão Alves de Lima, uma criança de apenas 2 anos, suspeito de estar envolvido no trágico falecimento do menino, que ocorreu no bairro Riacho Doce, em Maceió, na última segunda-feira, 13 de maio. O anúncio da detenção foi feito em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, pelo delegado Emanuel Rodrigues, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A investigação teve início quando a polícia foi acionada para apurar a ocorrência de um óbito infantil. Equipes da Delegacia de Homicídios, do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) se dirigiram imediatamente ao local da tragédia. Ao chegarem na residência da família, os peritos constataram que a criança estava sem vida, mas não havia sinais externos evidentes de violência.

Durante os primeiros relatos, a mãe de Rhavy mencionou que havia levado o filho recentemente a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Benedito Bentes, suspeitando de hidrocefalia devido ao inchaço que se formou em sua cabeça. Contudo, essa informação inicial não apresentou correlação com a causa do falecimento durante a perícia preliminar. A confirmação veio apenas com o laudo de necropsia, que apontou graves lesões internas.

De acordo com os exames realizados pelo IML, o menino sofria de uma hemorragia interna severa e lesões no fígado atribuídas a um trauma contundente na coluna vertebral. Uma marca de aproximadamente 12 por 8 centímetros nas costas da criança, inicialmente considerada livor cadavérico, foi posteriormente identificada como quimose, um indicativo de contusão.

Em um novo depoimento à polícia, a mãe relatou que na noite anterior ao falecimento, a criança parecia estar bem, sem sinais de agressão. Ela saiu pela manhã para uma academia e deixou Rhavy sob os cuidados do padrasto. Pouco tempo depois, o homem entrou em contato com a mãe, informando que o menino não estava mais respirando.

Diante da ausência de uma explicação convincente por parte do padrasto e considerando que ele era a única pessoa adulta presente na casa no momento, a polícia decidiu lavrar o auto de prisão em flagrante. Com isso, ele se tornou o principal suspeito na investigação que busca esclarecer as circunstâncias da morte do menino.

Com informações e fotos do Governo de Alagoas