Na manhã do dia 3 de abril de 2025, a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas revelou detalhes da Operação Epílogo, uma grandiosa ação conjunta que mobilizou as polícias Civil e Militar em Alagoas, além de outros quatro estados brasileiros. O objetivo central dessa operação foi desmantelar duas organizações criminosas que operavam em atividades como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e homicídios.
Em coletiva de imprensa realizada em Maceió, o secretário Flávio Saraiva, juntamente com o diretor de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil, Igor Diego, compartilharam informações sobre os resultados concretos da operação. O subcomandante-geral da PM, coronel Neyvaldo Amorim, e o tenente-coronel Henrique Jatobá, responsável pelas Missões Especiais da PM, também estiveram presentes, destacando a importância da ação.
O cerco envolveu o cumprimento de 32 mandados de prisão, dos quais 16 foram efetivados em Alagoas, abrangendo cidades como Penedo, Maceió, Arapiraca, São Sebastião e Piaçabuçu. Outras prisões ocorreram em São Paulo, Bahia e Goiás, totalizando 22 detidos. No decorrer da operação, foram confiscados armamentos, carregadores de munição e substâncias entorpecentes, com mandados ainda sendo cumpridos em Sergipe.
As investigações, que se estenderam por mais de um ano, foram coordenadas pela Chefia de Inteligência Integrada da SSP e pela Dracco, com suporte do 11º Batalhão da PM e das unidades de inteligência dos estados envolvidos. As organizações alvos da operação estavam enredadas em uma violenta disputa pelo controle do tráfico de drogas na região do Baixo São Francisco, vinculadas a facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
Um dos líderes do PCC, conhecido como Tubarão, havia ordenado homicídios durante sua fuga para São Paulo, mas foi localizado e preso no início do ano em uma ação coordenada. Igor Diego mencionou que o crime organizado tem fomentado uma série de assassinatos na região, motivados por essa rivalidade. Ele destacou a importância da colaboração da população, que já havia contribuído com denúncias que possibilitaram o início das investigações.
A escolha do nome “Epílogo” para a operação simboliza um desfecho para as atividades criminosas das facções. O coronel Neyvaldo elogiou a eficácia da operação, ressaltando o impacto positivo que ações dessa magnitude têm na redução da criminalidade em Alagoas. O secretário Flávio Saraiva também fez questão de reconhecer o trabalho dos analistas de inteligência, essenciais no monitoramento das atividades das organizações criminosas.
Além das autoridades policiais já mencionadas, a operação contou com um efetivo robusto, incluindo unidades especializadas como o Tigre, Bope, e Batalhões de diversas regiões, evidenciando a união de esforços em prol da segurança pública no estado. A operação não apenas clarificou a situação do crime organizado nos estados envolvidos, mas também se destacou como um exímio exemplo de cooperação entre as forças de segurança em um desafio comum.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas