A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) abriga histórias emocionantes sobre a vida dos animais que integram suas fileiras, notadamente na Cavalaria e no Canil. Com diferentes trajetórias, esses animais desempenham um papel essencial no policiamento, mas também enfrentam a realidade das despedidas ao longo de suas vidas, que podem durar cerca de 18 anos.
Entre os ilustres integrantes da Cavalaria, encontramos nomes como Turbante, Corona, Hércules, Palhaço e Lua Clara, entre outros. Esses animais não são apenas parte da força policial; eles são verdadeiros protagonistas na construção da segurança pública em Alagoas. O Regimento Montado Dom Pedro I (RPMon) é responsável pela formação e manutenção desses equinos, que são escolhidos com base em critérios rigorosos, como saúde e adaptabilidade. Ao nascer, cada cavalo recebe uma numeração que o identifica e, em seguida, um nome que segue a ordem alfabética correspondente ao mês de seu nascimento.
O processo de adaptação e treinamento desses animais é cuidadoso e prolongado, começando a partir dos seis meses de vida. A dessensibilização, por exemplo, é uma etapa vital onde os cavalos aprendem a interagir com humanos e a se acostumar com situações que poderiam ser alarmantes. Seguindo essa fase, eles passam pelo treinamento de doma, onde são preparados para o serviço policial, um processo que pode levar de um a dois anos.
Os cuidados com esses animais são minuciosamente organizados. Na sede da Cavalaria, cada um dos 73 cavalos é mantido em baias individuais, onde recebem atenção especial em sua alimentação e saúde. Uma equipe de veterinários realiza os cuidados preventivos e apresenta um trabalho meticuloso na ferradura e manutenção dos cascos. A Cavalaria possui não apenas uma reserva de armamento, mas também uma coleção de equipamentos para os equinos, como selas e cabeçotes.
Ao atingir a aposentadoria, os cavalos recebem uma honrosa despedida que inclui uma coroa feita de alimentos, simbolizando o agradecimento por seus serviços. Um exemplo disso ocorreu em agosto, quando Lua Clara foi homenageada durante os 33 anos do RPMon. Em relatos tocantes, como o de Palhaço e do 3º sargento Cristiano de Lima, vemos como laços profundos são formados entre homem e animal. Palhaço, que começou sua trajetória como um cavalo arisco, se tornou um parceiro leal e querido para o sargento, mesmo após sua aposentadoria.
Essas narrativas, que transbordam afetividade e parceria, nos mostram que, na Cavalaria, a relação entre o homem e o cavalo vai além do profissional; ela é recheada de companheirismo e dedicação mútua. Assim, mesmo após a aposentadoria, a amizade entre eles persiste, demonstrando que esses “guerreiros” merecem não apenas respeito, mas um lugar especial na memória das pessoas que serviram ao lado deles.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas