No dia 5 de junho de 2025, a Polícia Civil de Alagoas (PCAL) lançou uma operação voltada para desarticular as atividades de um hacker cujo histórico criminal inclui a invasão e manipulação de sistemas judiciais em diversas regiões do Brasil. Ao longo da operação, que teve à frente a delegada Bárbara Porto, um mandado de busca e apreensão foi executado em um imóvel alugado pelo suspeito em Barra Nova, Marechal Deodoro.
O hacker, que já havia sido detido anteriormente no Rio Grande do Sul, é acusado de realizar crimes cibernéticos graves, violando credenciais de usuários com diferentes níveis de acesso aos sistemas judiciais. As apurações indicam que ele não apenas falsificou documentos, mas também adulterou processos judiciais em Santa Catarina, prejudicando o andamento de diversas ações e desafiando a integridade dos sistemas da Justiça.
Recursos tecnológicos sofisticados foram utilizados pelo suspeito para encobrir suas atividades ilícitas e tornar suas ações mais difíceis de serem rastreadas. A investigação teve início há cerca de seis meses, impulsionada por informações obtidas pelo setor de inteligência do Judiciário, em parceria com a Delegacia de Investigação Criminal de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O foco inicial foram as invasões em dispositivos que garantiam o acesso a informações sensíveis do sistema judicial.
Um dos alvos principais dessas operações de manipulação de dados foi o Renajud, um sistema eletrônico desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em colaboração com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Serpro. Esse sistema permite que magistrados emitam restrições a veículos diretamente, o que confere maior agilidade aos processos judiciais. A ação do hacker tinha como objetivo realizar baixas ilegais de restrições sobre veículos, que frequentemente estão relacionadas a processos judiciais ativos.
As investigações lideradas pela PCAL permanecem em andamento, com a expectativa de que novas descobertas revelem se o suspeito atua em conluio com outros indivíduos. A magnitude deste esquema e o impacto que ele provoca nas estruturas judiciais do país ressaltam a necessidade de uma vigilância contínua e da colaboração entre diferentes órgãos de segurança pública e justiça.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas