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Estudo revela a história das mulheres pioneiras na Polícia Militar de Alagoas desde 1989

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No campo da segurança pública, a presença feminina tem se tornado uma realidade cada vez mais significativa, especialmente nas forças policiais. Um exemplo emblemático dessa trajetória é a história da primeira mulher a se inserir na Polícia Militar de Alagoas, destacada no estudo desenvolvido pela jornalista e policial Fernanda Alves Calheiros. O trabalho de pesquisa, realizado por Fernanda, traz à tona as experiências de mulheres que, desde 1989, romperam barreiras e conquistaram espaço em uma corporação majoritariamente masculina.

Entre as pioneiras, encontra-se Rozileide Francelina dos Santos, que, aos 19 anos, tomou a ousada decisão de trocar o hábito religioso por um uniforme militar após a abertura do primeiro concurso destinado a mulheres no corpo de bombeiros. Vinda de condições financeiras precárias em Santana do Ipanema, no Sertão alagoano, Rozileide viu na inclusão na PM uma oportunidade de mudar sua realidade e alcançar estabilidade. A resistência da sua família à sua escolha ilustra os preconceitos enfrentados pelas mulheres que desejavam se integrar a uma profissão vista como exclusiva para homens. Comentários depreciativos, como a ideia de que uma mulher policial seria apenas uma “amante de policiais”, demonstram os desafios emocionais e sociais que Rozileide teve que superar.

Motivada por figuras históricas de coragem, como Maria Quitéria, que se disfarçou de homem para lutar pela independência do Brasil, Rozileide buscou inspiração na bravura de outras mulheres que desafiaram as convenções sociais. Essa busca por coragem e identidade feminina fundamentou sua trajetória na PM. O trabalho de Fernanda Alves se aprofunda nas histórias de 35 mulheres que ingressaram no primeiro Curso de Formação de Soldados Femininos, enfatizando o impacto de suas vidas e contribuições para a corporação. O estudo, intitulado “Memória e Arquivo: um estudo sobre a inserção da mulher na Polícia Militar de Alagoas”, foi defendido na Universidade Federal de Alagoas e recebeu a aprovação da banca examinadora, além de uma indicação para publicação.

Fernanda abordou essa temática com zelo, mergulhando em arquivos da Polícia Militar e realizando entrevistas com as pioneiras. Sua pesquisa revela um rico legado feminino na segurança pública em Alagoas, destacando como essas mulheres ajudaram a moldar uma nova percepção sobre o papel feminino nas forças de segurança. Ao dar visibilidade a essas histórias, ela não apenas resgata memórias esquecidas, mas também contribui para um futuro em que o protagonismo feminino na polícia é cada vez mais reconhecido e respeitado.

Com informações e fotos do Governo de Alagoas

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