Desafios da Maternidade no Corpo de Bombeiros: Uma Realidade Corajosa

No próximo Dia das Mães, celebrado em 11 de maio de 2025, é fundamental reconhecer a extraordinária jornada de mulheres que, além de serem mães, atuam em profissões desafiadoras como o Corpo de Bombeiros. O cotidiano dessas mulheres é um reflexo de determinação, amor e sacrifício, enfrentando obstáculos tanto na vida familiar quanto na carreira. As sargentos Jairalice e Priscilla exemplificam essa realidade, equilibrando as demandas da maternidade com as exigências de suas funções.

A 3ª sargento Jairalice tornou-se mãe pela primeira vez em 2021, dando à luz a Bento. Desde então, sua vida se transformou em um constante exercício de conciliação entre seus deveres como bombeira e suas responsabilidades como mãe. Com o nascimento de seu segundo filho, Bernardo, a pressão aumentou. O retorno ao trabalho após a licença-maternidade é um momento repleto de desafios. Ela destaca a complexidade de lidar com novas incertezas, como as necessidades de saúde e educação de seus filhos, que impõem uma nova dimensão às suas obrigações profissionais.

“O trabalho agora também envolve preocupações com doenças e compromissos escolares”, explica Jairalice, ressaltando a vulnerabilidade que a maternidade traz, especialmente em situações que envolvem crianças. Essa nova realidade transforma seu foco, fazendo com que questões profissionais muitas vezes fiquem em segundo plano. A sargento menciona que o sentimento de proteção que ela sente se intensifica, afetando diretamente como ela se engaja em situações de emergência. Apesar das dificuldades, Jairalice reconhece que ser mãe é uma experiência profundamente enriquecedora. “Cada sorriso e passo dos meus filhos são momentos únicos que não se repetirão”, reflete.

Priscilla, por sua vez, já era mãe de um adolescente de 15 anos quando recebeu a notícia de sua segunda gravidez, vindo a ter a pequena Alice no ano passado. A expectativa foi acompanhada de apreensão, já que se passaram muitos anos desde a primeira experiência. O acolhimento recebido no Corpo de Bombeiros foi fundamental durante essa fase. Agora, com dois meses de vida, Alice traz novos aprendizados para Priscilla, que se descobre em um ciclo de redescoberta como mãe. “Ouvindo o choro da Alice, percebo que 15 anos é um espaço muito grande e algumas lembranças se perderam”, admite, destacando a adaptabilidade necessária para lidar com as novas demandas.

A combinação da rotina exaustiva de um bombeiro com a maternidade torna-se um teste diário de resistência. A pressão de atuar em um ambiente predominantemente masculino e, ao mesmo tempo, gerenciar a vida familiar, traz uma série de desafios. Desde a chegada das mulheres no Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas, em 1994, a instituição tem se esforçado para proporcionar um ambiente de apoio. O Núcleo de Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho e o Centro de Treinamento Físico e Desporto são exemplos de iniciativas que buscam oferecer bem-estar e qualidade de vida às bombeiras e suas famílias.

Neste Dia das Mães, o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas homenageia todas as mães, tanto da corporação quanto da sociedade civil, que desempenham o papel mais significativo: o de gerar, cuidar e educar. As mães que atuam como bombeiras representam um símbolo de força e amor, inspirando a todos com sua coragem e dedicação.

Com informações e fotos do Governo de Alagoas