Data de Publicação: 19/03/2025
A coleta de impressões digitais em cenas de crime é um componente crucial na investigação criminal, funcionando como a assinatura invisível dos autores dos delitos. Essas evidências podem estabelecer um vínculo direto entre o criminoso e a ocorrência, sendo a chave para a resolução de muitos casos.
Recentemente, um curso intensivo focado em levantamento papiloscópico foi realizado para capacitar peritos que atuam em setores críticos, como crimes contra a vida, patrimônio e no âmbito de trânsito. Este treinamento, promovido pela Seção de Microvestígios do Instituto de Criminalística de Maceió, visa aprimorar as habilidades dos profissionais na coleta e análise de impressões digitais.
Lincoln Machado, perito da equipe, ressaltou que as impressões digitais são características únicas de cada indivíduo, que permanecem inalteradas ao longo da vida, tornando-as uma ferramenta indiscutivelmente eficaz nas investigações. A singularidade das impressões digitais impede confusões, oferecendo suporte robusto para identificar suspeitos.
Entretanto, a coleta e análise dessas impressões não são tarefas simples. O processo requer um conjunto de técnicas especializadas, pois essas evidências nem sempre são facilmente visíveis. Por isso, a Seção de Microvestígios está investindo no treinamento de seus peritos, visando ampliar a eficácia do combate à violência no Estado.
O curso, que teve seu público-alvo inicial constituído por peritos das áreas de homicídios, delitos patrimoniais e acidentes de trânsito, também será estendido aos profissionais de Arapiraca. Durante as aulas, os peritos têm a oportunidade de praticar técnicas de coleta em uma variedade de superfícies, simulando cenários reais de crime. Lincoln destacou que, junto com o também perito Nicolas Passos, foram apresentados casos reais que demonstram a relevância da expertise no reconhecimento e na coleta de vestígios.
Além disso, a Seção de Microvestígios fez um apelo à população sobre a necessidade de preservar a integridade das cenas de crime. O respeito ao isolamento dessas áreas é fundamental, uma vez que qualquer intervenção não autorizada pode comprometer a coleta de provas e, consequentemente, a investigação. Portanto, a combinação entre formação técnica e conscientização pública será vital para assegurar que a coleta de impressões digitais continue a ser um pilar sólido nas investigações criminais.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas
