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Campanha Nacional de Coleta de DNA visa localizar pessoas desaparecidas e reunir famílias

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Em uma importante mobilização para enfrentar o problema dos desaparecimentos no Brasil, as Polícias Científica e Civil de Alagoas deram início, nesta terça-feira, a uma campanha nacional voltada para a coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas. Este evento anual, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, terá prazo até o dia 15 de agosto e busca ampliar o banco de perfis genéticos, essencial para facilitar o reencontro de famílias separadas pela angústia da ausência.

A campanha se concentra na coleta voluntária de material genético de parentes de primeiro grau — como pais, filhos e irmãos — que desejam contribuir para a identificação de entes queridos. O procedimento é realizado por peritos odontolegistas e é descrito como rápido, gratuito e indolor, envolvendo apenas a coleta de células da bochecha com um cotonete. O DNA obtido será posteriormente comparado com o de pessoas vivas não identificadas, que podem ser encontradas em unidades de saúde ou abrigos, além de corpos não identificados em todo o país.

Em Alagoas, existem dois pontos de coleta disponíveis nos Institutos Médico-Legais (IMLs) situados em Maceió e Arapiraca. Para participar, os doadores devem levar um documento de identificação com foto e o boletim de ocorrência relativo ao desaparecimento. A iniciativa é realizada sem necessidade de agendamento, e as coletas acontecem diariamente, das 8h às 18h, mesmo após a conclusão da campanha.

Segundo Bárbara Fonseca, chefe do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió, esta mobilização busca suavizar o sofrimento de milhares de famílias que enfrentam a dor da incerteza. Após a coleta, o perfil genético será integrado ao banco nacional, permitindo o cruzamento de dados para localizar pessoas vivas, confirmar o falecimento ou, em caso de não identificação, manter os dados em aberto para futuras comparações.

O delegado Ronilson Medeiros, da Coordenadoria de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil, destaca que Alagoas registra cerca de 600 casos de desaparecimento anualmente, com uma taxa de localização em torno de 60%. Os casos são classificados em categorias como voluntário, inconsciente e criminoso. Ele enfatiza a importância da campanha, que potencializa as possibilidades de trazer um familiar de volta ou, no pior cenário, possibilita que a família possa lidar com o luto de maneira mais digna. Com a inovação tecnológica e o comprometimento da população, espera-se que o Estado possa aumentar as chances de reencontros e proporcionar finais mais dignos para essas tristes realidades.

Com informações e fotos do Governo de Alagoas

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