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Batalhão Ambiental Intensifica Fiscalização para Proteger Ecossistemas Aquáticos e Combater Pesca Predatória

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Intensificação do Patrulhamento do Batalhão Ambiental Visa Preservar Ecossistemas Aquáticos em Alagoas

O Batalhão Ambiental, em uma ação preventiva e fiscalizadora, tem intensificado seus esforços para proteger os ecossistemas aquáticos do estado de Alagoas, onde rios e lagoas constituem um habitat essencial para a fauna nativa. Situado nas margens da Lagoa Mundaú, entre Maceió e Marechal Deodoro, o Pelotão Aquático do Batalhão Ambiental atua com lanchas e jet skis para patrulhar extensas áreas do complexo lagunar que envolve a capital e sua região metropolitana.

O foco das ações se concentra principalmente na prevenção de crimes ambientais, especialmente na pesca predatória. De acordo com o tenente Delmiro, responsável pelo grupamento, as equipes realizam patrulhamentos embarcados em pontos estratégicos, visando áreas que são popularmente frequentadas por pescadores. Para garantir a eficácia das operações, o batalhão atua em conjunto com outros órgãos reguladores, promovendo uma fiscalização coordenada.

Nos primeiros cinco meses deste ano, o Batalhão Ambiental realizou 29 operações de fiscalização, que resultaram no resgate de 51 animais capturados de forma irregular. O uso de equipamentos inadequados para a captura se configura como uma das principais práticas ilegais observadas. Entre as infrações mais recorrentes, destaca-se a utilização de redes de malha menor do que o permitido, que captura filhotes e compromete a reprodução das espécies. Além disso, a prática do "candango" — que envolve a montagem de funis para a captura indiscriminada de várias espécies — tem sido um grande desafio, com 41 destes artefatos retirados de circulação nos últimos dois anos.

Os dados da PM indicam que a maioria das infrações ambientais relacionadas à pesca ocorre nas cidades que compõem o complexo Mundaú-Manguaba, destacando Marechal Deodoro como o local com o maior número de ocorrências registradas. Com 96 chamados reportados nos últimos dois anos, a cidade se destaca como um foco crítico de fiscalização.

Com um total de 116 operações realizadas nos últimos dois anos, o Batalhão identificou 142 indivíduos envolvidos em práticas ilegais, resultando em 136 sanções administrativas e em seis prisões. Entre as espécies mais atingidas pela pesca irregular está o caranguejo, com mais de 1.080 exemplares apreendidos entre 2023 e 2024, destacando-se as espécies uçá e guaiamum.

Desde a implementação da portaria nº 395, que proíbe a pesca do caranguejo durante seus períodos reprodutivos, as ações do Batalhão têm sido fundamentais para a preservação dessas espécies ameaçadas. Mesmo com a regulamentação em vigor, quase 400 quilos de caranguejo foram recolhidos entre 2023 e 2024.

A pesca predatória é considerada um crime ambiental sério, com penas que podem alcançar até cinco anos de prisão, especialmente em casos onde são utilizados métodos mais nocivos. No aspecto administrativo, as sanções financeiras podem variar até R$100 mil, dependendo da gravidade da infração.

Para combater a pesca ilegal, a comunicação e a colaboração da população são essenciais. O Batalhão Ambiental disponibiliza canais de denúncia, incluindo o número funcional do WhatsApp, onde os cidadãos podem relatar atividades suspeitas, contribuindo para a proteção dos ecossistemas locais. O sargento Franklin, com 18 anos de serviço, ressalta a importância do conhecimento técnico e da vigilância contínua para neutralizar as ações de pesca predatória, sempre observando os padrões naturais e o comportamento dos infratores.

Com informações e fotos do Governo de Alagoas

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