Na manhã de 5 de maio de 2025, o secretário de Estado da Segurança Pública de Alagoas, Flávio Saraiva, convocou uma coletiva de imprensa para compartilhar os avanços das investigações relacionadas ao trágico caso da adolescente Ana Beatriz Moura, de apenas 15 anos, cuja morte ocorreu no dia 3 de maio em uma chácara no bairro de Guaxuma, em Maceió. Saraiva enfatizou a cooperação exemplares entre diferentes corpos de segurança, incluindo a Polícia Civil, a Polícia Científica, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Penal, que foram fundamentais para localizar o corpo da jovem e para a continuidade das investigações. “A mobilização vigorosa e profissional dessas instituições desde o início do caso foi decisiva. Essa colaboração reflete nosso compromisso com a verdade e com a justiça”, afirmou Saraiva.
A descoberta do corpo de Ana Beatriz foi feita em condições complexas, uma vez que estava enterrado em uma fossa com uma cobertura de terra e cimento, o que tornou o uso de cães farejadores desafiador. A delegada Talita Aquino, que lidera a comissão investigativa, afirmou que a hipótese de cativeiro foi rapidamente descartada. De acordo com suas declarações, o principal suspeito teria passado a noite em sua residência, sugerindo que a execução do crime não foi acidental, mas cuidadosamente planejada.
Embora a esposa do suspeito tenha sido inicialmente avistada como uma possível cúmplice, as investigações atuais não apresentaram indícios que comprovem sua relação com o crime. A polícia considerou plausível que outras pessoas possam ter ajudado na ocultação do cadáver, dada a complexidade do caso. A delegada Aquino expressou sua convicção de que o crime foi premeditado e que já foi solicitado a prisão preventiva do suspeito, um homem casado de 43 anos que está detido desde abril.
Um aspecto relevante da investigação foi a alegação da adolescente de estar grávida, informação que, após perícia, foi desmentida. A Perita-geral Rosana Coutinho confirmou que, durante a necropsia, não foram encontradas evidências de gestação, reforçando a hipótese de que a jovem poderia ter simulado a gravidez, talvez levando o suspeito a agir por desespero. A polícia também aguarda a confirmação científica da identidade do corpo, que deverá ser feita por meio da arcada dentária ou, se necessário, por análise de DNA.
Os responsáveis pela investigação estão analisando amostras de material estomacal para determinar a causa da morte, enquanto não há indícios de ferimentos por arma branca ou fogo. A situação, marcada por preocupações em torno da segurança pública e o envolvimento emocional da comunidade, continua a evoluir à medida que as autoridades buscam esclarecer os detalhes e motivação por trás deste trágico incidente.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas