Em uma operação de significativa relevância, o estado de Alagoas reforçou sua estratégia de combate ao crime organizado ao transferir 21 líderes das facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) do Presídio do Agreste para o Presídio de Segurança Máxima em Maceió. Esta medida visa o cumprimento do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), cuja aplicação foi autorizada pelo Poder Judiciário em resposta a solicitações dos órgãos de Segurança Pública e Ressocialização.
A operação, realizada no dia 6 de fevereiro, envolveu uma ação conjunta entre diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Penal, que atuou por meio do Grupamento de Remoção Escolta, e a Polícia Militar, representada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), BPtran e o Departamento Estadual de Aviação (DEA). Reportagens extraídas das investigações apontavam para a alta periculosidade desses detentos, que, mesmo atrás das grades, continuavam a orquestrar atividades ilícitas como o tráfico de drogas, homicídios e recrutamento de novos integrantes.
A aplicação do RDD é fundamentada em três condições, das quais a maioria dos transferidos se enquadra nos dois últimos critérios, que consideram a participação ativa em organizações criminosas e o comprometimento da ordem no sistema prisional. O juiz Alexandre Machado, responsável pela Vara de Execuções Penais, enfatizou a necessidade de isolar os membros mais influentes dessas facções, que operam como um “tribunal do crime”, exercendo poder tanto dentro quanto fora dos presídios.
O secretário de Ressocialização e Inclusão Social, Diego Teixeira, reforçou a importância do trabalho das forças de segurança na identificação e contenção das ações dos líderes criminosos, destacando que a operação demonstra o comprometimento do Estado com a segurança pública. Medidas rigorosas estão sendo adotadas para garantir que os presídios não se tornem centros de continuidade das atividades criminosas.
Entre as estratégias do RDD está o visando um isolamento mais restrito, resultando na limitação do contato dos detentos com o mundo exterior. Os presos terão acesso restrito a visitas, limitadas a dois familiares a cada quinzena, e a suspensão das visitas íntimas. Além disso, o tempo de banho de sol será reduzido a apenas duas horas por dia, e um rigoroso monitoramento das comunicações e correspondências será imposto.
Essas ações não apenas visam impedir a aproximação das facções criminosas, mas também garantir a segurança da sociedade alagoana, promovendo uma gestão mais eficiente do sistema prisional. Com essa estratégia, Alagoas dá um passo significativo em direção a um ambiente mais seguro para todos os seus cidadãos.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas