Nos dias 29 e 30 de outubro, mais de 1.500 internos do sistema penitenciário de Alagoas participarão da prova do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja/PPL). O evento, que será realizado em dez unidades prisionais do estado, teve sua data originalmente agendada para a primeira quinzena do mês, mas foi adiada a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Um dado significativo é que Alagoas, pelo terceiro ano consecutivo, registrou um aumento expressivo no número de inscritos para o exame, com um crescimento de 48,72%. De um total de 1.057 inscrições em 2023, o número subiu para 1.572 em 2024. Essa expansão reflete um esforço contínuo e crescente de inclusão educacional no sistema prisional do estado. O ensino é uma ferramenta importante não apenas para a reintegração social, mas também para a remição de penas: aqueles que concluem o Ensino Fundamental têm direito a 177 dias de redução na sentença, enquanto os que terminam o Ensino Médio conseguem uma diminuição de 133 dias.
No ano passado, aproximadamente 25% dos internos que realizaram o exame foram aprovados e conseguiram o certificado de conclusão do ensino fundamental ou médio. Esses resultados demonstram a eficácia das políticas públicas voltadas para a educação dentro das penitenciárias. Em 2022, apenas 682 presos se inscreveram para a avaliação, mas esse número quase dobrou no ano seguinte, aumentando a inclusão educacional entre os privados de liberdade.
O secretário de Ressocialização e Inclusão Social, Diogo Teixeira, ressaltou a importância de implementar políticas educativas no sistema prisional, destacando que esse investimento é fundamental para a segurança pública e a melhoria da qualidade de vida no estado. A gestão da Seris tem se mostrado comprometida com a ampliação da oferta de educação, estabelecendo indicadores e metas que visam garantir um futuro mais promissor para os internos que buscam uma nova chance por meio da educação. É um passo significativo rumo à ressignificação da vida desses indivíduos, buscando não apenas a recuperação, mas também a reintegração social.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas











