Alagoas é um dos estados participantes da 1ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos no Sistema Prisional, uma iniciativa que se estende até o dia 18 deste mês e abrange 54 unidades prisionais em todo o Brasil, beneficiando mais de 5 mil internos. No âmbito alagoano, a mostra contempla 60 reeducandos e reeducandas das duas instituições prisionais localizadas em Maceió: o Presídio Santa Luzia e o Núcleo Ressocializador da Capital (NRC).
O evento traz uma programação diversificada que inclui curtas-metragens, rodas de conversa e dinâmicas educativas, todas voltadas a questões fundamentais como dignidade, cidadania e pensamento crítico. De acordo com Clarice Damasceno, gerente de Educação e Cidadania da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social, a Mostra é mais do que uma simples exibição de filmes. Os conteúdos foram cuidadosamente selecionados para que pudessem ser aplicados no contexto prisional, com a colaboração de educadores e pedagogos. A proposta é enriquecer a discussão sobre direitos humanos, especialmente em relação à população que perdeu sua liberdade de ir e vir.
Clarice destaca ainda a importância de criar um espaço para a promoção cultural e momentos de lazer dentro do sistema prisional. A ação visa impedir que os direitos dos indivíduos sejam cerceados simplesmente por estarem encarcerados. A Mostra faz parte da 14ª edição do projeto promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, cujo tema central é “Viver com dignidade é direito humano”.
Além da exibição de filmes, a iniciativa integra uma estratégia mais ampla de reintegração social, promovendo o acesso à cultura e à educação. A participação nas sessões oferecidas pode ainda resultar em benefícios como a remição de pena, de acordo com a legislação penal vigente, incentivando assim a reflexão e o diálogo sobre temas relevantes.
De acordo com informações do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, essa Mostra representa um passo importante na implementação do Plano Pena Justa, em consonância com o programa Fazendo Justiça e com a colaboração do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O objetivo é ampliar o acesso à cultura e abrir espaço para debates sobre direitos humanos, especialmente com foco em grupos socialmente vulneráveis, como pessoas não alfabetizadas, jovens, mulheres, negros, indígenas, LGBTQIAPN+, idosos e pessoas com deficiência, conforme enfatizado pelo Grupo de Monitoramento e Supervisão do Sistema Penal e Socioeducativo do Tribunal de Justiça de Alagoas.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas