O estado de Alagoas tem se destacado de maneira significativa no Brasil em relação à alfabetização e à implementação de atividades que permitem a remição de pena por meio da educação. Dados recentes revelam que Alagoas lidera o ranking nacional em políticas educacionais no sistema prisional, apresentando um notável progresso em comparação ao que se viu há apenas dois anos, quando o estado concentrava a maior população de detentos analfabetos do país.
Essas informações são de um levantamento realizado no segundo semestre de 2024 pelo Sistema Nacional de Informações Penais, um departamento que faz parte da Secretaria Nacional de Políticas Penais, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os resultados indicam que a educação dentro do sistema prisional alagoano não é apenas uma obrigação legal, mas também uma chave para a transformação social e reintegração de indivíduos à sociedade.
No total, 992 detentos foram alfabetizados, representando 18,93% da população carcerária, que ultrapassa 5,2 mil presos em unidades penitenciárias em Maceió e em regiões do interior do estado. Este percentual coloca Alagoas em posição de destaque, com uma taxa de alfabetização muito superior à de outros estados, como Piauí e Maranhão.
Além disso, Alagoas também se sobressai na remição de pena por meio da leitura, com a realização de mais de 21.500 atividades educacionais que beneficiaram 20.900 homens e 627 mulheres no sistema prisional. O secretário de Ressocialização e Inclusão Social, Diogo Teixeira, expressou orgulho pelos avanços, ressaltando que a gestão se empenha em oferecer oportunidades que possibilitem aos detentos retornarem à sociedade de forma mais capacitada.
Em um outro aspecto avaliado, o estado também obteve um bom desempenho no número de detentos matriculados em educação formal, alcançando 46,6%. Embora esteja atrás de Rondônia, que atingiu 84,49%, o resultado é um sinal promissor de que Alagoas está trilhar um caminho de mudança. A valorização da alfabetização tem gerado um aumento expressivo no número de leitores entre os detentos, um reflexo direto dos investimentos em educação.
O cenário geral no Brasil também é otimista, com um aumento de 27% na oferta de matrículas em instituições de ensino para pessoas privadas de liberdade, com destaque para o crescimento no setor feminino, que foi de 16,65%. No total, 151.536 detentos estão matriculados, representando 22,61% da população carcerária total no Brasil. Tais dados demonstram um compromisso contínuo com a educação como um instrumento de mudança e ressocialização, evidenciando a importância de políticas bem estruturadas nas unidades prisionais.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas